Oficina sobre Grafismos (pintura corporal – braço), com Kitche-rã Kaingang

A simbologia dos grafismos para o povo Kaingang é profundamente enraizada em suas tradições culturais. Vinculados ao corpo como elementos de identificação e expressão cultural, cada grafismo é carregado de história e sentido de pertencimento, além de ser uma conexão com as raízes ancestrais. Assim, exercem um papel fundamental na preservação e transmissão da cultura Kaingang ao longo das gerações. 

Em abril, o Museu das Culturas Indígenas conta com Kitche-rã Kaingang, para uma oficina sobre grafismos, com o uso da pintura corporal. O público terá a oportunidade de ter contato com a cultura Kaingang e aplicar grafismos através da pintura corporal.

Susilene de Melo, de nome indígena Kitche-rã Kaingang, é gestora e curadora do Museu Worikg, na Terra Indígena Vanuíre. É assistente de pajé (Kujã na língua kaingang), artesã e lidera o grupo cultural Kaingang da T.I. Vanuíre. Foi uma das integrantes da oficina que fez parte da intervenção artística da exposição “Mymba`i, pedindo licença aos espíritos, dialogando com a Mata Atlântica” e é um dos artistas responsáveis pelos grafismos da fachada do Museu das Culturas Indígenas. Integra o Conselho Indígena Aty Mirim, instância em que se constroem mecanismos de escuta, consulta e formulação da agenda propositiva de trabalho do MCI, comprometida com os direitos dos povos indígenas. Foi curadora da exposição “Resistência já! Fortalecimento e união das culturas indígenas – Kaingang, Guarani Nhandewa e Terena” do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP. Fez o curso “Museologia para Indígenas” em 2017. Participa anualmente do Encontro Paulista para Questões Indígenas e Museus, da Semana do Índio de Tupã e da Semana Tupã em Comemoração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, entre outras ações do Museu Índia Vanuíre.