Cineclube TAVA: “Imilla” e “Nossas Mãos são Sagradas”

Continuando com a programação mensal do Cineclube TAVA, exibiremos dois curta-metragens na edição de março. O primeiro filme escolhido foi “Imilla” (2018, Argentina), dirigido por Mayra Arasy Nieva, indígena do povo Colla (ou Kolla); o segundo filme se chama “Nossas Mãos são Sagradas” (2021, Brasil), uma realização do Museu da Parteira e da produtora Bebinho Salgado 45, dirigido por Júlia Morim. Após a exibição, haverá uma conversa com a diretora Mayra Arasy.

Mayra Arasy Nieva nasceu na província de Jujuy, Argentina. Coya, descende de Quechuas e Guaranies da Bolívia; é graduada em 2018 da “Escuela Nacional de Experimentación y Realización Cinematográfica” sede da NOA (ENERC NOA). É diretora e produtora de cinema, fotógrafa, professora de cinema na ENERC NOA. Toca bandoneon e siku e é gestora cultural. Seu curta “Imilla”, foi exibido em mais de 30 festivais ao redor do mundo em países como Peru, México, França, Espanha, Noruega, Alemanha, Guatemala, Argentina, Uruguai. Foi premiado em festivais internacionais de cinema e fez parte do Marché du Film do Festival de Cannes em 2020, representando a Argentina com outros 7 curtas-metragens.

“Imilla” é uma palavra procedente da língua aimará, cujo significado em castelhano é “menina” ou “jovem indígena”. Na década de 1980, em um povoado em meio aos vales da Província de Jujuy, Argentina, uma mulher transgênero é convocada para o serviço militar.

“Nossas Mãos são Sagradas” é uma realização do Museu da Parteira e da Bebinho Salgado 45, parcialmente realizado com recursos do 3° Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco. Para as mulheres do povo Pankararu, em Pernambuco, ser parteira e trazer novas vidas ao mundo por suas mãos envolve dom, coragem, respeito, ancestralidade. O filme acompanha um encontro entre parteiras e aprendizes, no qual os sentidos, os significados, as relações estabelecidas e os elementos que constituem esse ofício são revelados.

“Imilla”
Ano: 2018
Duração: 13 min.
Idioma: Espanhol, Português (legendado)
Gênero: Curta-metragem, Drama
Direção: Mayra Arasy Nieva
Elenco: Joaquín Ramos Achá, Lara Morena Sobrero, Faustino Flores, Orlando Martínez, Carmen García, Rita Peralta, José Antonio Nieva
Roteiro: Nancy Iris Quiroga
Produção: Nahuel Carlos Almada
Montagem: Lucio Castellon
Direção de Fotografia: Julia Carrizo
Direção de Som: Miguel Kancepolsky
Direção de Arte: Bárbara Rodríguez Berman
Assistente de direção: Mariana Zerpa
País: Argentina
Cor: Colorido

“Nossas Mãos são Sagradas”
Ano: 2021
Duração: 20 min.
Idioma: Português
Gênero: Documentário
Direção: Júlia Morim
Elenco: Jula (Juliana Maria da Silva), Mãe Dôra (Maria das Dores Silva Nascimento), Cássia (Rita de Cássia da Silva), Tia Ana (Ana Maria dos Santos), Darinha Pankararu (Jacilene Maria dos Santos), Neide (Maria Ivaneide de Sá), Jacira (Jacira Torres da Silva), Luzânia (Maria Luzânia Alves), Tixa (Maria Cícera dos Santos Oliveira), Gilda (Gilda Maria da Silva), Lena (Maria Marlene das Graças), Maria de Lurdes (Maria das Dores de Jesus) e Leda (Maria Edineide dos Santos Arnaldo)
Produção: Júlia Morim e Olívia Morim
Montagem: Amandine Goisbault
Direção de Fotografia: Marcelo Lacerda
Som Direto e Mixagem: Lucas Caminha
Correção de Cor: Tiago Campos
Realização: Museu da Parteira e Bebinho Salgado 45
País: Brasil
Cor: Colorido

Sobre o Cineclube TAVA
Para dar visibilidade ao cinema indígena, o MCI sedia o Cineclube TAVA, uma oportunidade para ver, pensar e conversar sobre produções audiovisuais indígenas, que se tornaram importantes canais de comunicação dentro das comunidades e ampliaram a criação de redes entre as diversas etnias, constituindo um espaço de atuação e protagonismo indígena, promovendo o reconhecimento de grupos e atuações e fortalecendo suas lutas.

Realizado sempre na última quinta-feira de cada mês, é um espaço democrático, educativo, político, que contribui na formação do público porque estimula o contato com obras audiovisuais de produção indígena e promove, também, rodas de conversa com participantes ou realizadores dos filmes. As obras exibidas possibilitam que o espectador conheça diferentes cinematografias, narrativas, estéticas e culturas. Acompanhe as edições de 2024:

29 de fevereiro | Daritizé, Aprendiz de Curador (2003) – 35 min.
28 de março | Imilla (2018) – 13 min. | Nossas Mãos são Sagradas (2021) – 20 min.
25 de abril | a definir
30 de maio | a definir
27 de junho | a definir
25 de julho | a definir
29 de agosto | a definir
26 de setembro | a definir
31 de outubro | a definir
28 de novembro | a definir