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Professores indígenas participam de primeiro curso de Licenciatura Intercultural Indígena do estado de São Paulo

Conquista da educação dos povos originários de São Paulo, iniciativa contou com a participação de representantes do Museu das Culturas Indígenas, Fórum de Articulação dos Professores Indígenas de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, entre outras instituições.

Reunião no MCI, em novembro de 2023, para elaboração do curso que contou com a presença de docentes que lecionam e vivem nos territórios originários. Foto: acervo MCI

São Paulo, 14 de março de 2024 – Começa hoje (14/03) o primeiro curso de Licenciatura Intercultural Indígena (Lindi), na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Um marco histórico para a educação do Estado de São Paulo, este é o primeiro curso voltado à licenciatura indígena e sua criação é fruto da articulação de lideranças do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas de São Paulo (Fapisp), com participação de integrantes da gestão do Museu das Culturas Indígenas (MCI) – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Com duração de oito semestres e no formato intermodular – com aulas na universidade e nos territórios dos alunos –, o curso é voltado para a formação intercultural, bilíngue e comunitária de professores indígenas do ensino fundamental de escolas indígenas do estado e cidade de São Paulo.

O curso construído a partir das realidades socioculturais e territoriais dos povos indígenas do estado de São Paulo, representa um marco histórico para a educação paulista que não oferecia formação específica para professores indígenas. No Brasil, apenas 20 instituições ofertam essa licenciatura.

“A escola indígena tem demandas específicas. Ela deve valorizar a língua materna, a cultura e os conhecimentos tradicionais. Ela precisa dialogar com a floresta e com a espiritualidade. Por isso, precisamos formar professores para atender a esses propósitos”, relatou Cris Takuá, durante apresentação do projeto de licenciatura indígena no Ministério Público Federal, na capital paulista, em 08 de março deste ano.

ENSINO

No Censo Escolar de 2022, do Ministério da Educação (MEC), apenas 1,9% (3.541) das 178,3 mil escolas de ensino básico estão localizadas em comunidades indígenas; já 2% oferecem educação voltada à cultura indígena por meio das redes de ensino. Nestes locais o ensino é bilíngue e os estudantes são alfabetizados primeiro em sua língua materna e, depois, em português.   

Políticas públicas específicas e diferenciadas para os povos indígenas é um direito garantido pela Constituição Brasileira. Na educação superior, é fundamental que as universidades ofereçam uma licenciatura intercultural a fim de preparar os professores a darem aulas nos seus territórios. 

HISTÓRICO

Entre 2018 e 2019, a Unifesp reuniu 20 docentes que vivem e lecionam em territórios originários do Estado de São Paulo, para participar do curso de extensão “Por uma licenciatura indígena no Estado de São Paulo”, com a finalidade de criar um Projeto Político-Pedagógico (PPP) para um curso intercultural de formação superior de professores.

Para o curso superior na Unifesp, foi criado pelos docentes indígenas, o Projeto Pedagógico de Curso (PPC), aprovado pelo Conselho Universitário da universidade em dezembro de 2022 e pelo Ministério da Educação, em abril de 2023.

O Grupo de Trabalho para a criação do projeto contou com representantes do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas do Estado de São Paulo (Fapisp), da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Museu das Culturas Indígenas (MCI), da associação indígena Comitê Interaldeias e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unifesp (com participação dos Pró-Reitores, da Coordenadoria de Direitos Humanos e da Cátedra Kaapora).

Sobre o MCI – Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.

Local: Museu das Culturas Indígenas

Endereço: R. Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca, São Paulo/SP

Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)

Telefone: (11) 3873-1541

E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br

Site: www.museudasculturasindigenas.org.br

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