Museu das Culturas Indígenas promove formação de museologia indígena intercultural e sustentabilidade com lideranças originárias
Atividades formativas reúnem especialistas para discutir gestão museológica, sustentabilidade e valorização das culturas originárias

Integrantes do Conselho Indígena Aty Mirim em atividade no MCI.
Foto: Leandro Karaí Mirim/Acervo MCI
São Paulo, junho de 2025 – O Instituto Maracá, parceiro na gestão compartilhada do Museu das Culturas Indígenas (MCI) convida o público para participar de duas aulas abertas no Projeto de formação em Museologia Intercultural para lideranças indígenas em 12 de junho, às 9h e às 12h. As atividades contam com a participação de representantes do MCI – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo -, da ACAM Portinari ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), responsável pela gestão da instituição e os parceiros Instituto Maracá e Conselho Indígena Aty Mirim
As aulas abertas fazem parte de um projeto contínuo de formação patrimonial voltado às lideranças indígenas e integrantes do Conselho Indígena Aty Mirim, a fim de promover o fortalecimento das práticas museológicas sob a ótica da interculturalidade e com protagonismo indígena.
A museologia indígena é uma abordagem crítica e decolonial da prática museológica que afirma o direito dos povos indígenas de serem autores de suas próprias narrativas, cuidadores de suas memórias e agentes ativos na preservação e transmissão de seus saberes.
É um instrumento de fortalecimento cultural, autodeterminação e diálogo com a sociedade não-indígena. Trata-se de uma museologia viva, em que o acervo são as pessoas, os territórios, as línguas, as festas, as danças, os rituais, as tecnologias e os conhecimentos ancestrais e contemporâneos.
Museus indígenas ou com protagonismo indígena, como o próprio Museu das Culturas Indígenas, desafiam os modelos tradicionais de representação, propõe espaços de escuta, interculturalidade e formas próprias de curadoria e gestão patrimonial. São também espaços de resistência política e cultural, defesa territorial e educação crítica.
Primeira aula: presença indígena no território paulista
No primeiro momento da formação, às 9h, a aula traz à tona a afirmação São Paulo é Terra Indígena, desafiando a história oficial que por muito tempo invisibilizou os povos originários no território paulista. Segundo o Censo de 2022, são mais de 55 mil pessoas autodeclaradas indígenas no estado de São Paulo, representando cerca de 3,27% da população indígena total do Brasil.
Essas populações ocupam diversas regiões do estado, como o Litoral, o Vale do Ribeira, o Oeste Paulista e a Região Metropolitana e reúnem etnias Guarani Mbya, Kaingang, Krenak, Terena e Tupi-Guarani ocupam diversas regiões, como o.
Durante o encontro serão abordados temas como a proposta inovadora de gestão compartilhada do MCI com protagonismo indígena; os princípios da museologia dialógica e participativa; o fortalecimento da memória e resistência de povos originários; e as produções artísticas e intelectuais em São Paulo.
Segundo encontro: museologia indígena, sustentabilidade e bem-viver
Na parte da tarde, às 14h, o foco será a relação entre a museologia indígena, a sustentabilidade e o bem-viver, explorando a contribuição dos saberes tradicionais nos desafios do mundo contemporâneo. A programação articula o papel dos museus e da memória na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como Saúde e Bem-Estar Global (ODS 3), Ação Climática (ODS 13) e Vida na Terra (ODS 15).
Os tópicos centrais da aula incluem os museus indígenas como espaços de protagonismo e promoção da sustentabilidade; as formas indígenas de existência, pensamento e ação; e uma reunião formativa com o Conselho Aty Mirim.
Projeto formativo intercultural
Uma iniciativa realizada pelo Instituto Maracá, em parceria com o Museu das Culturas Indígenas, por meio do Edital Fomento CultSP – PNAB nº 36/2024 – Manutenção e Modernização de Museus, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo (SCEIC-SP). O projeto compõe o conjunto de ações do programa Fomento CultSP, que une os editais do ProAC e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).
SERVIÇO
Aula Aberta | Projeto de Formação em Museologia Intercultural para Lideranças Indígenas: “São Paulo é Terra Indígena”
Data e horário: 12/06/2025, das 09h às 12h
Aula Aberta | Projeto de Formação em Museologia Intercultural para Lideranças Indígenas: “Museologia Indígena, Sustentabilidade e Bem-Viver”
Data e horário: 12/06/2025, das 14h às 17h
Ingressos gratuitos disponíveis no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/exposicoes-e-programacoes/programacao-mci/
Sobre o MCI
Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.
Museu das Culturas Indígenas
Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP
Telefone: (11) 3873-1541
E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br
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