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Museu das Culturas Indígenas integra Virada Cultural de São Paulo com atividades voltadas às artes, brincadeiras e espiritualidades dos povos originários

Programação gratuita convida o público para uma tarde de vivências, brincadeiras e rituais que destacam a diversidade e a força das culturas indígenas.

Equipe do MCI e participantes da programação fazendo toré juntos.
Foto: Gabie Pereira/acervo MCI

São Paulo, maio de 2025 – O Museu das Culturas Indígenas (MCI) participará da Virada Cultural 2025 com uma programação especial que convidará o público a mergulhar nos saberes, brincadeiras, cantos e espiritualidades dos povos originários. Em 24 de maio (sábado), a instituição realizará duas atividades gratuitas que promoverão o diálogo entre culturas e proporciona vivências de ancestralidade, arte e resistência. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

No sábado (24/05), às 14h, será realizada uma edição especial do Dia da Família no Museu, no pré-Virada Cultural. Em uma tarde de imersão cultural, os mestres de saberes indígenas receberão famílias para compartilhar vivências e expressões culturais, por meio de cantos, brincadeiras com arco e flecha, zarabatana, peteca e outras manifestações tradicionais.

O público poderá conferir a videoinstalação Constituinte ontem e hoje, um resgate a histórica manifestação de Ailton Krenak na Assembleia Nacional Constituinte de 1987, que propõe uma reflexão sobre os direitos dos povos indígenas no Brasil contemporâneo. Para completar o passeio, os visitantes poderão conhecer as exposições em cartaz no MCI:

  • Hendu Porã’rã – escutar com o corpo: uma imersão sensorial na cultura do povo Guarani a partir de linguagens ancestrais e contemporâneas.
  • Ygapó – Terra Firme: em um espaço imersivo somos convidados a tirar os sapatos para caminhar sobre as folhas da Mata Atlântica e entre o corpo de uma árvore partida ao meio.
  • Mymba’i, pedindo licença aos espíritos, dialogando com a Mata Atlântica: um chamado para a reflexão sobre os impactos das ações humanas e a urgência de cuidar da natureza.
  • Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham: explora dimensões espirituais, territoriais e simbólicas da relação dos povos indígenas com a Mata Atlântica
  • Ocupação Decoloniza – SP Terra Indígena: ocupa as áreas externas com grafismos Guarani e murais de onças, criados por artistas indígenas. As obras trazem olhares decoloniais sobre o espaço urbano e destacam a resistência, a luta por direitos e o papel feminino, como parte do movimento de retomada artística indígena contemporânea.

RESISTÊNCIA E CANTO

Para encerrar sua participação na Virada Cultura, o MCI promoverá às 16h, uma roda de Toré, conduzida pelo Coletivo Kanewí. A manifestação cultural é tradicional para diversos povos do Nordeste brasileiro, como os Kariri-Xocó, Pankararé, Pankararu e Xukuru-Kariri. A roda envolve uma dança circular, cantos e música, é uma expressão potente de espiritualidade, identidade e resistência indígena, em conexão com os encantados — entidades espirituais presentes na cosmovisão de diferentes culturas.

O Coletivo Kanewí, fundado por Awassury Fulkaxó e Júlia Maynã, reúne agentes culturais indígenas de diferentes etnias e atua na promoção de ações educativas e artísticas que trazem ao centro a contemporaneidade dos povos originários.

SERVIÇO

Virada Cultural no MCI: artes e brincadeiras indígenas

Data e horário: 24/05/2025, das 14h às 16h

Virada Cultural no MCI: Roda de Toré

Horário: 24/05/2025, das 16h às 17h

Retirada de ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

Sobre o MCI    

Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.   

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