Museu das Culturas Indígenas celebra o seu primeiro aniversário com atividades e apresentações gratuitas
O Museu das Culturas Indígenas (MCI), instituição multicultural sob gestão compartilhada com indígenas do estado de São Paulo, recebeu mais de 25 mil visitantes em seu primeiro ano de vida;
Celebração do aniversário prevê atividades gratuitas como a entrada na Feira de Artesanato Indígena, apresentações do Toré Kariri-Xocó e dos Xondaros, além do cinema na Tava com a exibição de um curta-documentário.
São Paulo, junho de 2023 – O Museu das Culturas Indígenas (MCI) celebra o seu primeiro aniversário com uma série de apresentações e atividades culturais gratuitas em sua sede. A instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerida em gestão compartilhada pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim, composto por lideranças de diversos povos indígenas do Estado de São Paulo que conciliam interesses e visões de diferentes povos e comunidades.
Em seu primeiro ano de atuação, o MCI recebeu mais de 25 mil visitantes que participaram de centenas de encontros interculturais entre povos indígenas e não-indígenas. No período, diversas lideranças e multiartistas compartilharam suas mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, histórias, músicas e artes.
Como parte de sua evolução, o Museu implantou o Núcleo de Transformação e Saberes (NUTRAS), com a participação dos Mestres de Saberes, indígenas que integram o núcleo educativo do espaço e conduzem atividades formativas, visitas escolares e recebem o público, de forma a garantir o protagonismo nos processos museológicos e narrativas do museu, em diálogo com instâncias de mobilização e articulação das causas indígenas. Deste núcleo, nasce uma novidade para o próximo ano: o curso formativo de média-duração com temáticas indígenas destinado a professores. O principal objetivo é promover o encontro entre diferentes perspectivas da educação e fornecer alguns subsídios para as escolas.
Identificado em Guarani como “Tava” (em português “Casa de Transformação”), o MCI tornou-se um espaço destinado à valorização e promoção da memória, patrimônio e diversidade cultural dos povos indígenas, constituindo-se como um local de troca de experiências e de aproximação intercultural do público com as culturas indígenas.
CELEBRAÇÕES
Em 29 de junho, a partir das 10h, o MCI abre a Feira de Artesanato, com a participação de indígenas do Estado de São Paulo. Serão exibidos diversos produtos na área externa do Museu.
Já às 14h, o integrante do Conselho Indígena Aty Mirim, Luís Karaí, conduz a apresentação Dança dos Xondaros, com a participação de nove aldeias Guaranis do Litoral Sul de São Paulo.
Logo mais às 16h, indígenas do grupo Arankdzu apresentam o Toré Kariri-Xocó. O ritual, de grande importância para diversos povos indígenas do nordeste brasileiro, envolve tradição, música, religiosidade e brincadeiras do povo Kariri-Xocó, um grupo indígena que habita o município de Porto Real do Colégio, no estado de Alagoas.
Uma das novidades para este primeiro ano, o Cinema na TAVA exibe o filme Wherã Tupã e o Fogo Sagrado, às 17h. O documentário apresenta cenas de um ritual de cura nunca antes divulgadas. Alcindo Wherá Tupã, líder espiritual Guarani no Brasil, é portador da sabedoria milenar do Fogo Sagrado, que está desaparecendo. Após a exibição do curta, Alcindo Wherá Tupã e seu filho Wanderley Karaí Vydju convidam a todos para uma roda de conversa.
EXPOSIÇÃO SENSORIAL: Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham
A partir da perspectiva indígena, a exposição recém-inaugurada sugere sensibilizar o público sobre a relevância da Mata Atlântica para o planeta. Nhe’ẽ ry é dividida em quatro eixos temáticos: Viveiro de plantas, Cartografias da floresta, Pedra que canta e Caverna dos sonhos. Ao entrar no espaço, o público vai enxergar a mata a partir de projeções de folhas, raízes, vagalumes, acompanhadas de sons de animais. Imagens e sons da mata, do amanhecer ao anoitecer completam o eixo “Caverna dos sonhos”.
A exposição conta, ainda, com uma instalação multimídia com depoimentos e cantos feitos por guardiões da floresta, exibe mais de 60 espécies nativas presentes na Mata e elementos perceptivos que fazem parte do seu mobiliário: periscópios e caleidoscópios. A mostra tem curadoria dos indígenas Sonia Ara Mirim, Cris Takuá, Carlos Papá e Sandra Benites.
Com dados fornecidos pela Fundação SOS Mata Atlântica, em seu site o Museu informa os visitantes sobre os povos que habitam o território, o patrimônio de flora e fauna, a legislação de proteção e outros dados relevantes sobre o bioma.
EM CARTAZ NO MCI: Ygapó – Terra Firme
Ygapó: Terra Firme, do artista e curador Denilson Baniwa, é um convite para adentrarmos a floresta Amazônica por meio de experiências sensoriais. Ela traz produções contemporâneas, tradicionais, sonoras e visuais de músicos indígenas. Ygapó é a metáfora da resistência indígena que, mesmo em constante ameaça externa, torna possível, pela coletividade e compartilhamento de saberes, o vislumbre de uma futura existência. A dança, o canto, o fazer com as mãos e a conexão com as florestas são caminhos para a continuidade da cultura e da vida: mesmo que árvores caiam, sua matéria orgânica torna viável o nascimento de outras ainda mais fortes.
Denilson Baniwa é um artista indígena, nascido em Barcelos, no interior do Amazonas. Suas obras utilizam performance, pintura, projeções a laser, imagens digitais, sempre explorando diferentes linguagens visuais.
SERVIÇO
Aniversário do Museu das Culturas Indígenas
29 de junho de 2023
Feira de Artesanato Indígena
das 10h às 17h
Apresentação de Dança – Xondaros do Litoral Sul de São Paulo
às 14h
Inscrições gratuitas aqui
Apresentação – Toré Kariri-Xocó
às 16h
Inscrições gratuitas aqui
Cinema na TAVA
às 17h
Inscrições gratuitas aqui
Exposições Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham e Ygapó – Terra Firme
Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)
Ingressos: R$15,00 (inteiro) e R$7,50 (meia entrada); gratuito às quintas-feiras
Retire seu ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/
Museu das Culturas Indígenas
Local: R. Dona Germaine Burchard, 451 – Água Branca, São Paulo/SP
Sobre o MCI
O Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) – Organização Social de Cultura – em parceria com o Instituto Maracá, associação sem fins lucrativos que tem como finalidade a proteção, difusão e valorização do patrimônio cultural indígena. O MCI apresenta uma proposta inovadora de gestão compartilhada a ser construída ao longo da experiência, com o fortalecimento do protagonismo indígena. É em espaço de diálogo intercultural, pluralidade, encontros entre povos indígenas e não-indígenas, onde a memória da ancestralidade permitirá aos diversos povos originários compartilharem suas mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes e histórias. Uma conquista dos povos indígenas, ainda em processo de construção, neste território na cidade, aberto para que o público entre em contato com sua própria história, e com outras histórias do Brasil.
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br
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