Meio ambiente, diversidade cultural e educação norteiam ações do Abril Indígena, no Museu das Culturas Indígenas
Eventos gratuitos com debates, oficinas, rituais, música e exposições valorizam os saberes e a resistência dos povos originários; para participar das atividades, basta retirar o ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

Programação especial acontecerá na sede do Museu das Culturas Indígenas, na zona oeste da capital paulista.
Foto: Leandro Karaí Mirim – Acervo MCI
São Paulo, março de 2025 – Para marcar o Abril Indígena, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) realizará uma série de eventos gratuitos ao longo do mês. A agenda prevê encontros virtuais e presenciais, compartilhamento de saberes, lançamentos musicais e literários, rituais do Xingu, oficina de cerâmica, além de ações voltadas para educadores e famílias. As atividades reforçam a importância da valorização das tradições indígenas e a luta pela preservação dos biomas brasileiros. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
Para rememorar o Dia da Abolição da Escravidão Indígena (1º de abril), o MCI realizará um encontro virtual no YouTube, às 15h, com mediação de Leandro Karaí Mirim e participação de Xipu Puri. Reflexões sobre liberdade e combate a violências sofridas pelos povos originários nortearão a conversa, que mostrará como a dívida histórica do Brasil afeta os direitos indígenas negligenciados até o presente momento.
Embora a escravização de pessoas indígenas seja proibida desde o século XVI, o Relatório Figueiredo, produzido em 1967, revelou à época crimes de genocídio, torturas, prostituição, apropriação dos frutos do trabalho, alienação de patrimônio, cárcere privado e mão de obra escravizada cometidos contra povos originários em todo o Brasil, o que reforçou a situação de omissão generalizada às diferentes populações.
INTERCÂMBIO
Professores e educadores poderão participar de uma tarde de compartilhamento de ideias com os mestres de saberes – indígenas do programa educativo – em 05 de abril, às 14h30. Neste encontro, os participantes conhecerão objetos e elementos de diversas culturas e aprenderão mais sobre conhecimentos tradicionais, línguas, práticas, biomas e formas de viver.
A ação é parte do Programa de Formação de Professores, elaborado pelo Núcleo de Transformação e Saberes (NUTRAS), que promove oficinas e atividades para formação de educadores, voltadas à abordagem das histórias e culturas indígenas em escolas ou demais espaços. Os encontros são abertos também para a participação de educadores não formais e que trabalham com públicos diversos.
MÚSICA
Em 10 de abril, às 19h, o MCI receberá o lançamento Energia Positiva, da multiartista baiana CAYARÍ, com participação de artistas convidados. Na estreia, o público poderá conferir as mudanças e a nova roupagem de seu trabalho, em uma celebração à cultura, à música e à ancestralidade. Parceiros musicais e amigos marcarão presença especial, potencializando o poder da união dos povos para as canções e na transmissão de uma mensagem poderosa de conexão e identidade.
POVOS DO XINGU
Em parceria com o Parque da Água Branca, o MCI realizará a oficina Luta Huka-Huka, do povo Mehinako, em 12 de abril, às 10h. O ritual dos povos do Parque Indígena do Xingu (MT) ocorre no encerramento do Kuarup, cerimônia fúnebre que marca o fim do período de luto, um ano após o falecimento dos integrantes das comunidades.
Com enfeites de linha, plumas e miçangas e o corpo pintado de jenipapo e urucum, os guerreiros são convocados para o embate pelo “dono da luta”, um indígena que exerce papel de observador e dirige-se ao centro da roda, chamando os lutadores pelo nome.
DIVERSÃO
Nos dias 13 e 27 de abril, às 10h e às 14h, os mestres de saberes receberão grupos familiares para um domingo de brincadeiras e saberes tradicionais. Jogos de arco e flecha, zarabatana e peteca integrarão a programação.
As famílias também poderão visitar as exposições Hendu Porã’rã, escutar com o corpo, Mymba’i, pedindo licença aos espíritos, dialogando com a Mata Atlântica, Nhe’ẽry: onde os espíritos se banham e Ocupação Decoloniza – SP Terra Indígena. Os ingressos serão gratuitos para as famílias.
Igualmente aos domingos (13 e 27/04), às 10h30, o escultor e mestre de saberes, Natalício Karaí, do povo Guarani Mbya, conduzirá uma oficina sobre biomas e animais brasileiros. Serão apresentadas informações das faunas e floras da Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal, enquanto os participantes confeccionam seus próprios bichinhos em cerâmica fria.
MATA ATLÂNTICA
Representantes de povos indígenas que vivem nos territórios, membros da sociedade civil, instituições de pesquisa, organizações ambientais e culturais apresentarão o Manifesto em defesa do tombamento do bioma Mata Atlântica como patrimônio material e imaterial brasileiro, em 17 de abril, às 10h, no MCI. O documento convocará a responsabilidade coletiva para a preservação do ecossistema como recurso fundamental para o Brasil.
ARTESÃOS DA AMAZÔNIA
Para fechar a programação mensal, o MCI receberá o lançamento do livro O segredo dos artesãos da Amazônia (2025), escrito por Siriani Huni Kuin e Nikita Llerena, com ilustrações de Yaka HuniKuin, em 26 de abril, às 15h. A publicação da Editora Garagem do Imaginário e coordenação editorial de Adriana Teixeira Reis e Elvira Godinho Aranha, explora as tradições e cultura do povo Huni Kuin, a partir da visão de Sirani, personagem que vive em um cenário de desmatamento.
O livro traz conhecimentos ancestrais para a preservação da floresta e os recursos essenciais oferecidos pelo planeta, incentivando a reflexão sobre a conservação dos biomas como fator essencial para a manutenção e qualidade da vida humana.
E MAIS!
Artesãs e artesãos dos povos Bororo, Guarani, Huni Kuin, Pataxó, Fulni-ô, Guajajara, Terena, entre outros, comercializarão uma grande diversidade artefatos tradicionais na Feira de Artes Manuais Indígenas em exposição na área externa no MCI. Entre 9h e 18h, o espaço promoverá artistas a fim de incentivar, auxiliar e ampliar as oportunidades socioprodutivas e econômicas de pessoas indígenas.
SERVIÇO
Encontro virtual – Dia da Abolição da Escravidão Indígena (01/04)
Data e horário: 01/04/2025, das 15h às 16h30
No YouTube do MCI: https://www.youtube.com/@museudasculturasindigenas
Encontro com educadores: dos objetos aos saberes
Data e horário: 05/04/2025, das 14h30 às 17h30
Lançamento do single “Energia Positiva”, com CAYARÍ
Data e horário: 10/04/2025, das 19h às 20h
Huka-Huka – luta Mehinako
Data e horário: 12/04/2025, das 10h às 12h
No Parque da Água Branca: Av. Francisco Matarazzo, 455 – Água Branca
Dia da Família no Museu – brincadeiras indígenas
Data e horário: 13 e 27/04/2025, das 10h às 12h; e das 14h às 16h
Oficina de bichinhos dos biomas
Data e horário: 13 e 27/04/
2025, das 10h30 às 12h
Lançamento do Manifesto em Defesa do Tombamento da Mata Atlântica
Data e horário: 17/04/2025, das 10h às 12h
Contação de Histórias MCI: lançamento do livro “O Segredo dos Artesãos da Amazônia”
Data e horário: 26/04/2025, das 15h às 17h
Feira de Artes Manuais Indígenas
Horário: das 9h às 18h
Todos as atividades são gratuitas com retirada de ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/
Sobre o MCI
Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.
Museu das Culturas Indígenas
Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP
Telefone: (11) 3873-1541
E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br
Redes sociais
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IMPRENSA
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Assessoria de Imprensa – Museu das Culturas Indígenas
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