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MCI anuncia a 1ª edição do Festival Literário Ayvu Nhevaitim – Encontro de Vozes Indígenas (FLAN), com curadoria de Trudruá Dorrico

Festival reúne feira literária, rodas de conversa, saraus e oficinas no Museu das Culturas Indígenas, de 18 a 23 de novembro.

Localizado na Água Branca, o MCI é o primeiro espaço cultural com a participação ativa de lideranças indígenas na construção e condução de suas ações. Foto: Gabie Pereira – Acervo MCI

São Paulo, setembro de 2025 – De 18 a 23 de novembro de 2025, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) promove o primeiro Festival Literário Ayvu Nhevaitim – Encontro de Vozes Indígenas (FLAN), idealizado para celebrar a produção literária de autoria e coautoria indígena no Brasil e no mundo. A curadoria é da escritora, pesquisadora e curadora literária Trudruá Dorrico (Macuxi), uma das principais vozes contemporâneas da literatura indígena. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

A programação completa do festival será divulgada em 3 de novembro de 2025 e contará com rodas de conversa, a presença de autores e editores indígenas, sarau literário, contação de histórias e oficina de escrita criativa. Todos os ingressos serão gratuitos.

Uma homenagem à primeira geração de escritores indígenas

O FLAN tem como um de seus eixos centrais homenagear a primeira geração de autores indígenas que, a partir da década de 1970, iniciou a produção escrita como resposta à necessidade de afirmação cultural em um contexto de repressão política. Mesmo oriunda de uma tradição oral, a literatura indígena passou a ocupar também o suporte escrito ao registrar memórias, narrativas e saberes ancestrais em diálogo com os códigos da cultura não indígena.

Essa geração de pioneiros abriu caminhos para a difusão das vozes originárias na literatura brasileira, como Graça Graúna, Daniel Munduruku, Cacique Payayá, Olívio Jekupé, Eliane Potiguara, Mario Dzuruna Butsé, Ailton Krenak, Ademario Ribeiro Payayá, Moura Tukano e Marcos Terrena, entre outros.

Sobre a curadora: Trudruá Dorrico

Nascida Julie Dorrico, em Guajará-Mirim (RO), do povo Macuxi, Trudruá Dorrico é doutora em Teoria da Literatura (PUC-RS) e mestre em Estudos Literários (UNIR). Reconhecida por sua atuação na difusão das culturas indígenas brasileiras, assinou até 2023 a coluna “Trudruá Dorrico” no portal ECOA/UOL e foi jurada do Prêmio São Paulo de Literatura (2022). Atuou ainda como curadora da I Mostra de Literatura Indígena: território de palavras ancestrais (Museu do Índio/UFU, 2021) e da 16ª Balada Literária, entre outros projetos.

É autora de “Eu sou Macuxi e outras histórias” (Caos e Letras, 2019), obra vencedora do Prêmio Tamoios de Textos de Escritores Indígenas, e de “Tempo de retomada” (Autêntica, 2025), título que inspirou o Boi Caprichoso no Festival de Parintins. Também lançou, em 2025, “Makunaima morî mai: palavras belas de Makunaima” (Fósforo/Círculo de Poemas) e prepara “O lago Pri Pri”, voltado ao público infantojuvenil (Companhia das Letrinhas). É ainda coorganizadora da antologia “Originárias: uma antologia feminina de literatura indígena” (2024), reunindo 12 autoras indígenas, e curadora do Caju de Leitores, festival de literatura indígena realizado na Terra Indígena Barra Velha (BA).

Sobre o MCI

Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.

Museu das Culturas Indígenas

Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP

Telefone: (11) 3873-1541

E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br

Site: www.museudasculturasindigenas.org.br

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