Fundação SOS Mata Atlântica reconhece atuação para proteção ao meio ambiente realizada por integrantes do Museu das Culturas Indígenas
Em cerimônia realizada na última quarta-feira (27), no Dia da Mata Atlântica, Sonia Ara Mirim e Jandira Para Mirim foram homenageadas na cerimônia Viva a Mata 2024.
Sonia Ara Mirim durante o evento Viva a Mata 2024. Foto: Leandro Karaí Mirim – Comunicação MCI.
São Paulo, maio de 2024 – A Fundação SOS Mata Atlântica reconheceu a contribuição para preservação da Mata Atlântica realizadas por Sonia Ara Mirim e Jandira Para Mirim, integrantes do Museu das Culturas Indígenas (MCI), durante o evento Viva a Mata 2024, realizado na última quarta-feira (27/05). O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
Na cerimônia Viva a Mata 2024, realizada pela Fundação no Dia da Mata Atlântica (27/05), as lideranças indígenas foram homenageadas e puderam compartilhar suas vivências e atuações para proteção do bioma. Sonia e Jandira contaram como a Mata é importante para as comunidades indígenas e a necessidade de ações de preservação das espécies nativas.
“As pessoas precisam conhecer para respeitar. Por isso, atuamos para combater a desinformação. Mostramos para o público a importância de proteger as espécies e a natureza, além de enfatizar que a Mata Atlântica é o nosso lar: é daqui que vem a água que consumimos e o solo que nos dá os alimentos”, afirmou Sonia Ara Mirim, mestre de saberes do MCI.
Bioma é tema de exposições no MCI
A Mata Atlântica é o lar de 72% dos brasileiros, segundo dados reunidos pela Fundação SOS Mata Atlântica. O povo Guarani é uma das populações indígenas que mais estão presente no bioma e o seu modo de viver e sua cultura são apresentadas na exposição Hendu Porã’rã, escutar com o corpo.
O percurso da mostra convida o público a conhecer cantos, rezas e rituais milenares realizados nas comunidades e evidencia as perspectivas do povo Guarani sobre os alimentos, a dança, a luta, os sonhos, a compreensão do tempo e o sentido filosófico da língua nativa. A curadoria é de Sandra Benites, Márcio Vera Mirim, Sônia Ara Mirim e Tamikuã Txihi.
A conscientização da proteção da Mata Atlântica e restauração das florestas são medidas fundamentais para preservação das espécies. São ações contínuas que trazem bons resultados, como a redução de 27% do desmatamento do bioma registrada pela Fundação SOS Mata Atlântica. É por meio da educação e do conhecer que a exposição Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham mostra a importância do bioma para o planeta.
“Caverna dos Sonhos” convida o público a vivenciar o amanhecer e o anoitecer dentro da Mata. Foto: acervo MCI
A expressão “Nhe’ẽ ry”, usada pelo povo Guarani para denominar a Mata Atlântica, também pode ser traduzida como “lugar onde os espíritos se banham”. Sonia Ara Mirim, curadora da exposição ao lado de Cris Takuá, Carlos Papá e Sandra Benites, explica: “cada elemento da mata tem seu espírito e seu modo de vida, então quando nós, indígenas, falamos dos ‘espíritos da mata’, estamos considerando toda a vida nela presente: floresta, animais, rios e nascentes. Onde há vida, há espíritos”.
Impacto humano sobre as espécies
Segundo dados do Ibama, dos 633 animais ameaçados de extinção no Brasil, 383 vivem na Mata Atlântica. O impacto humano sobre a existência das espécies é tema da exposição Mymba’i – pedindo licença aos espíritos. A partir de intervenção artística, concebida e conduzida por Tamikuã Txihi Pataxó, cinco artistas indígenas mesclam a destruição do bioma e os animais que mais sofrem com o desmatamento em diversas colagens que compõem o percurso da exposição.
Mymba’i é um convite para reflexão sobre os impactos das ações humanas na natureza: “usamos o fazer artístico como ato político coletivo, para contribuir na conscientização, educação, preservação e luta pela vida da Mata Atlântica (e demais biomas), bem como recuperação e fortalecimento de nossas memórias ancestrais”, afirma Tamikuã Txihi Pataxó.
O impacto humano nas espécies que vivem na Mata Atlântica. Foto: acervo MCI
EXPOSIÇÕES
Hendu Porã’rã, escutar com o corpo
Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham
Mymba’i – pedindo licença aos espíritos
Endereço: Museu das Culturas Indígenas – Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP
Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h, às quintas até às 20h
Ingressos disponíveis no site: www.museudasculturasindigenas.org.br
Sobre o MCI
Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.
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