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Fim de semana tem contação de histórias e oficina de grafismos no Museu das Culturas Indígenas 

Com entrada gratuita, as atividades são conduzidas por indígenas dos povos Fulni-ô e Tukano; para participar é necessário retirar o ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

Os grafismos indígenas representam vivências e ideias. Foto: Acervo MCI

São Paulo, junho de 2024 – Neste sábado, 16 de junho, atividades gratuitas no Museu das Culturas Indígenas (MCI) apresentam a diversidade cultural dos povos originários.  No primeiro encontro, o autor Djagwa Ka’agwy Kara’i Tukumbó contará As Aventuras de Kara’i Tukumbó (2024). Na sequência, Larissa Ye’padilho realizará uma oficina de grafismos indígenas ancestrais do povo Tukano. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

A partir das 10h, Djagwa vai narrar As Aventuras de Kara’i Tukumbó (2024), no Programa de Contação de Histórias MCI. Em seu mais recente lançamento literário, o autor conta a história de Kara’i Tukumbó, que cresceu em meio às matas, rodeado por animais e plantas. Em seu convívio com o pajé, um homem sábio e curandeiro, o jovem indígena aprende sobre as maravilhas da natureza, a importância de protegê-la e o respeito ao meio ambiente. Na narrativa, o autor dará enfoque à presença da coruja, um ser mágico de grande conhecimento ancestral que servirá de amuleto para Kara’i adentrar o mundo espiritual.

Djagwa Ka’agwy Kara’i Tukumbó conduzirá contação de histórias no MCI. Foto: Acervo MCI

Da etnia Fulni-ô e morador da Aldeia Rio Silveira, em Bertioga (SP), Djagwa conta que, a inspiração para contar a história de Kara’i Tukumbó, vem do convívio com a natureza

e da conexão com o mundo espiritual, “a jornada e o caminho do personagem mostram a importância de nos conectarmos com o sagrado e a busca pelo plano espiritual para vencermos as batalhas dos povos indígenas”, afirma o autor.

Claudino Djagwa Ka’agwy Kara’i Tukumbó Lima também é ativista e artista plástico, professor, músico e bacharel em Teologia, além de presidente da Associação Indígena Ara Pyau. Tem por missão difundir a história dos povos originários do Brasil, desmistificando estereótipos criados pelos colonizadores, divulgando as crenças e tradições de seu povo, tentando resgatar a origem e a essência indígena.

Tradições milenares

No período da tarde, às 14h, os grafismos do povo Tukano serão apresentados em uma oficina conduzida por Larissa Ye’padilho. Os grafismos são linhas utilizadas em pinturas corporais, faciais e nas peças de artesanatos. Eles representam elementos da natureza e dos territórios originários, baseados em ideias e vivências, além de ser uma tradição milenar.

Jovem da etnia Tukano, da comunidade Taracuá, localizada no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), Larissa conta que “apesar do processo da colonização e do apagamento da cultura indígena na nossa região, conseguimos resistir. Em nosso cotidiano, praticamos os conhecimentos ancestrais e milenares, entre eles, as formas de manejar a roça e utilizar a cerâmica. Repassamos esses conhecimentos a cada geração apesar de tantas mudanças”.

Larissa éformada em oficinas de cinema e realizou o documentário “Wehsé Darasé – Trabalho da Roça” (2016), filme selecionado para a 2ª edição da Aldeia SP – Bienal de Cinema Indígena, para a mostra Cinema: Território Ameríndi” (SESC/MG) e para o CineKurumin (Salvador, 2017). É multiartista e artesã de cuias e cerâmicas e, atualmente, estuda Artes Visuais no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (IA-Unicamp).

SERVIÇO

Sábado, 16 de junho

Contação de Histórias MCI: As Aventuras de Kara’i Tukumbó, com Djagwa Ka’agwy Kara’i Tukumbó

Horário: das 10h às 12h

Oficina de Grafismos, com Larissa Tukano

Horário: das 14h às 16h

Todos as atividades são gratuitas com retirada de ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

Sobre o MCI    

Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.   

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Site: www.museudasculturasindigenas.org.br           

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