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Cineclube TAVA exibe produções audiovisuais de mulheres no Museu das Culturas Indígenas

Diretoras apresentam rituais e celebrações realizadas nos territórios tradicionais; após exibição público poderá participar de bate-papo com integrantes da Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas

Frame do filme Rami Rami Kirani (2023), de Lira Mawapai HuniKuin e Luciana Tira HuniKuin. Foto: divulgação

São Paulo, agosto de 2024 – Dois documentários dirigidos por mulheres indígenas integram a programação do Cineclube TAVA, iniciativa do Museu das Culturas Indígenas (MCI) para a difusão da produção cinematográfica dos povos originários. Em parceria com a Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas, as produções Rami Rami Kirani (2023) e Aguyjevete Avaxi’i (2023) serão exibidas em 29 de agosto, às 18h. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Rami Rami Kirani (2023), de Lira Mawapai HuniKuin e Luciana Tira HuniKuin, conta a história da consagração do nixi pae (ayahuasca), medicina conhecida unicamente pelos homens. As filmagens refletem as transformações e a força do chá agora preparado pelas mulheres da Aldeia Mibãya (Terra Indígena Praia do Carapanã), no Acre.

A retomada do plantio e a riqueza do milho tradicional do povo Guarani Mbya é o tema do segundo documentário exibido no Cineclube Tava, Aguyjevete Avaxi’i (2023). Na Aldeia Kalipety (Terra Indígena Jaraguá), em São Paulo, a diretora Kerexu Martim acompanha as bênçãos desde a plantação até a colheita, quando a aldeia se junta para festejar.

Após as exibições, Kerexu Martim e Natali Mamani, integrantes da Rede Katahirine, conversarão com o público sobre as direção dos documentários e as culturas retratadas nos filmes.

NARRATIVAS PLURAIS NO CINEMA

Para conhecer mais a produção cinematográfica das mulheres indígenas, a Rede Katahirine indica três documentários que mostram diversidade e cultura de diferentes povos. Conheça algumas das obras:

Nixpu pima – Rito de passagem Huni Kuin (2015)

Incentivada por seu pai, Vanessa Pãteani Huni Kuin registra em seu primeiro documentário o cotidiano família na Aldeia Flor da Mata, no Acre, enquanto planeja a festa de batismo nixpu pima, rito de passagem das crianças.

O som dos pés (2021)

Na comunidade tradicional em Águas Belas, interior de Pernambuco, Narriman Kauane acompanha o cotidiano de Keno, da etnia Fulni-ô, que extrai das medicinais os remédios para sua própria cura. O filme faz um paralelo entre a agricultura orgânica, a relação com a terra e a visão indígena sobre isolamento social.

Lithipokoroda (2021)

Lilly Baniwa apresenta a performance de artistas indígenas de São Gabriel da Cachoeira (AM) contra a destruição da floresta que abriga a maloca, a casa de conhecimento dos povos originários. As filmagens mostram o manifesto em combate às invasões e violências perpetuadas por séculos aos seres da mata.

SERVIÇO

Cineclube TAVA + Cineclube Katahirine: “Rami Rami Kirani” e “Aguyjevete Avaxi’i”

Data e horário: 29/08/2024, das 18h às 20h

Todos as atividades são gratuitas com retirada de ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

Sobre o MCI

Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.

Museu das Culturas Indígenas

Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP

Telefone: (11) 3873-1541

E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br

Site: www.museudasculturasindigenas.org.br

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