Atrações gratuitas agitam terceiro aniversário do Museu das Culturas Indígena
Atividades gratuitas celebram os saberes ancestrais, a diversidade cultural e a luta dos povos indígenas por memória, território e futuro sustentável.

Foto: Leandro Karaí Mirim – Acervo MCI
São Paulo, junho de 2025 – Neste mês, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) celebra seu terceiro aniversário com uma série de atrações gratuitas que valorizam a arte, os saberes ancestrais, a biodiversidade e a luta dos povos originários. As atividades reforçam o protagonismo indígena na gestão do espaço, na preservação da memória e na construção de futuros sustentáveis. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
Em 1º de junho, a programação tem início com a estreia da instalação Cobertura Lilales, que combina arquitetura contemporânea, sustentabilidade e saberes tradicionais. Inspirada na elegância e simetria da família botânica das plantas lilales, a obra é construída com bambu e utiliza técnicas de encaixes, amarrações manuais e ferragens invisíveis.
O projeto é fruto da oficina Construções sustentáveis – bambu, realizadas em maio, com a participação de Jorel Baré, profissionais da arquitetura sustentável e visitantes. A instalação é um exemplo de biomimética e design biofílico, conceitos que aproximam o ser humano da natureza e dos princípios de bem-viver.
CINEMA, FORMAÇÃO E ENCONTRO DE SABERES
A agenda inclui eventos que promovem reflexões sobre sustentabilidade, cultura, memória e fortalecimento das línguas indígenas. No Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), às 19h, o MCI marca presença na Mostra Ecofalante de Cinema com a exibição do filme Para onde foram as andorinhas (2015), de Mari Corrêa. O documentário aborda os impactos das mudanças climáticas, o uso intenso de agrotóxicos e do desmatamento sobre os povos que habitam o Parque Indígena do Xingu (MT). Após a projeção, Kawakani Mehinako, mestre de saberes do MCI, conversa com o público.
O Projeto de formação em museologia intercultural para lideranças indígenas realiza duas aulas abertas com representantes do MCI, ACAM Portinari, Instituto Maracá e Conselho Indígena Aty Mirim, em 12 de junho. Na primeira aula aberta, às 9h, os participantes conhecem mais sobre a presença e o protagonismo artístico de povos indígenas no estado de São Paulo.
Já às 14h, a aula acontece em torno de discussão sobre os museus indígenas como espaços de fortalecimento da sustentabilidade, a variedade de patrimônios culturais e a construção de diferentes modos de vida, de convivência e de relacionamento entre as sociedades do mundo contemporâneo.
COMEMORAÇÕES DE ANIVERSÁRIO
Com entrada gratuita, no fim de semana de 28 e 29 de junho, a instituição realiza uma série de atrações para celebrar seu terceiro aniversário da. A primeira atração é a Contação de histórias: narrativas de criação do MCI, com a participação de lideranças e representantes que participaram das mobilizações para criação do espaço museológico.
Serão compartilhados relatos sobre a conquista e a relevância do espaço de diálogo intercultural entre povos indígenas e não indígenas — um lugar de memória que possibilita a diferentes povos originários que expressem e compartilhem saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes, histórias e memórias. A atividade acontecerá em 28 de junho, às 11h.
No mesmo dia, às 15h, o MCI promoverá o Encontro da rede de trocas de mudas e sementes. Um momento de compartilhamento de saberes, práticas e biodiversidade entre diversas aldeias e organizações parceiras para a promoção dos cuidados ao meio ambiente.
Em 29 de junho, às 10h, será realizado o Lançamento da campanha para registro da língua Guarani como patrimônio imaterial do estado de São Paulo. Uma mobilização conjunta de lideranças das etnias Mbya e Nhandewa para reconhecimento de sua língua nativa como uma herança histórica conforme prevê a legislação que rege o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT).
Participam do encontro Carlos Papá, Timóteo Popygua, Luís Karaí, Cláudio Verá, Tiago Nhandewa, Anthony Karaí, além dos representantes da Comissão Guarani Yvyrupá (CGY), Ivanildes Pereira e Verá Danilo Benites, que vão refletir a importância do reconhecimento da língua Guarani para a preservação e promoção da diversidade linguística, o fortalecimento das identidades indígenas e a valorização dos saberes, práticas e expressões transmitidos oralmente — fundamentais para a continuidade e a vitalidade da cultura destes povos.
Já às 11h e às 14h, os visitantes poderão participar de visitas mediadas pelos mestres de saberes nas exposições em cartaz e aprofundar o contato com os povos originários:
- Hendu Porã’rã – escutar com o corpo: uma imersão sensorial na cultura do povo Guarani a partir de linguagens ancestrais e contemporâneas.
- Ygapó – Terra Firme: em um espaço imersivo somos convidados a tirar os sapatos para caminhar sobre as folhas da Mata Atlântica e entre o corpo de uma árvore partida ao meio.
- Mymba’i, pedindo licença aos espíritos, dialogando com a Mata Atlântica: um chamado para a reflexão sobre os impactos das ações humanas e a urgência de cuidar da natureza.
- Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham: explora dimensões espirituais, territoriais e simbólicas da relação dos povos indígenas com a Mata Atlântica
- Ocupação Decoloniza – SP Terra Indígena: ocupa as áreas externas com grafismos Guarani e murais de onças, criados por artistas indígenas. As obras trazem olhares decoloniais sobre o espaço urbano e destacam a resistência, a luta por direitos e o papel feminino, como parte do movimento de retomada artística indígena contemporânea.
Duas apresentações culturais finalizarão as celebrações de aniversário do MCI: Coral Xondaro Mirim Mborai (Guarani Mbya), às 15h; e Dança Mrarasi-ixe (Dança do Mutum do povo Karajá), às 15h30. Os cantos Guarani fortalecem a identidade e a espiritualidade. Enquanto a manifestação do povo Karajá celebra o aprendizado intergeracional e conexão espiritual.
E MAIS!
Artesãs e artesãos dos povos Bororo, Guarani, Huni Kuin, Pataxó, Fulni-ô, Guajajara, Terena, entre outros, comercializarão uma grande diversidade de artefatos tradicionais na Feira de Artes Manuais Indígenas, montada na área externa do MCI.
Das 9h às 18h, o espaço promoverá artistas indígenas para incentivar e ampliar oportunidades socioprodutivas e econômicas.
SERVIÇO
Aniversário do MCI: instalação “Cobertura Liliales”
Data e horário: 01/06 a 03/08/2025, das 09h às 18h (quintas, até às 20h)
Dia Mundial do Meio Ambiente: 14ª Mostra Ecofalante de Cinema | “Para onde foram as andorinhas”
Datas e horário: 05/06/2025, das 19h às 20h
Aula Aberta | Projeto de formação em museologia intercultural para lideranças indígenas: “São Paulo é Terra Indígena”
Data e horário: 12/06/2025, das 09h às 12h
Aula Aberta | Projeto de formação em museologia intercultural para lideranças indígenas: “Museologia indígena, sustentabilidade e bem-viver”
Data e horário: 12/06/2025, das 14h às 17h
Aniversário do MCI: Contação de histórias – “narrativas de criação do MCI”
Data e horário: 28/06/2025, das 11h às 12h
Aniversário do MCI: Encontro com participantes da rede de trocas de mudas e sementes
Data e horário: 28/06/2025, das 15h às 17h
Aniversário do MCI: Lançamento da campanha para registro da língua Guarani como patrimônio imaterial do estado de São Paulo
Data e horário: 29/06/2025, das 10h às 12h
Aniversário do MCI: visitas mediadas
Data e horário: 29/06/2025, das 11h às 12h e das 14h às 15h
Aniversário do MCI: apresentação do povo Guarani Mbya | Coral Xondaro Mirim Mborai
Data e horário: 29/06/2025, das 15h às 15h30
Aniversário do MCI: apresentação do povo Karajá | Mrarasi-ixe
Data e horário: 29/06/2025, das 15h30 às 16h
Feira de Artes Manuais Indígenas
Horário: das 9h às 18h
Sobre o MCI
Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.
Museu das Culturas Indígenas
Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP
Telefone: (11) 3873-1541
E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br
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