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Exposição Nhe’ẽry: onde os espíritos se banham

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Nhe’ẽ ry é uma forma de entender a dimensão da floresta, um santuário que pode se transformar em um portal. Pode ser traduzida como “onde os espíritos se banham”, se purificam para ter elevação divina, integrando o mundo cosmológico para se ter uma leveza espiritual e uma vida eterna – na concepção guarani, o Yvy Marae’ỹ.

A Nhe’ẽ ry é base de existência e resistência dos povos indígenas que nela habitam, pois é na floresta viva que estão os remédios que curam e a verdadeira escola: a transmissão dos saberes e dos fazeres ancestrais. Ela tem uma grande importância, pois segura o solo com suas mãos, nos fornece água e alimento. Os grandes espíritos estão em suas folhas e raízes. A cada folha que cai, outra nasce como uma criança, e assim se forma toda a vida dentro da floresta.

Esta exposição busca trazer a visão dos espíritos que habitam a floresta. Cada ser vegetal, animal e mineral possui sua profunda Sabedoria. Os espíritos guardiões de tudo que nela habita estão conectados com os povos originários que brotam da Nhe’ẽ ry.

Aqui, ouviremos as vozes de cinco guardiãs dos povos Guarani Mbya, Tupi Guarani, Maxakali, Krenak e Pataxó.

Sonia Ara Mirim
Cristine Takuá
Sandra Ara Rete Benites
Carlos Papa Mirim Poty

Crédito da Foto: Thiago Carvalho

GUARANI MBYA

Maria Arapoty é uma das lideranças femininas Guarani Mbya da Terra Indígena Jaraguá que lutam há muitos anos pelo fortalecimento de sua cultura e seu povo, e pela defesa de seu território. O povo Guarani Mbya vive e circula numa rede de aldeias que atravessa as fronteiras entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. No Brasil, os Mbya têm uma forte presença no litoral e serras costeiras das regiões Sul e Sudeste.

“A gente se sente muito acuada. Nestes anos que estou aqui na nossa aldeia, aprendi a lutar pelos nossos direitos, a cuidar da nossa natureza. Dependemos muito da Mãe Terra, da natureza”. Segundo Arapoty, ainda temos Mata Atlântica na cidade de São Paulo porque os Guarani estão resistindo e cuidando dela.”

TUPI GUARANI

Catarina Delfina dos Santos Nimbopyrua vive na aldeia Tapirema, da Terra Indígena Piaçaguera. Ela foi uma das principais lideranças na retomada dessa terra. Os Tupi Guarani, identificados historicamente como parte do povo Guarani Nhandeva, vivem em aldeias ao longo de todo o litoral do Estado de São Paulo.

“Por milhares de anos, a natureza cuida de nós e nós cuidamos dela. Costumamos dizer que somos a natureza e que viver integrados a ela nos proporciona a cura. Nossos antepassados observavam os animais e como eles buscavam a cura, e fomos descobrindo como cada erva age em nossos corpos, e assim encontramos a nossa farmácia, uma farmácia viva, a floresta Mata Atlântica. Da natureza tiramos algumas folhas, raízes, cascas para chás, xaropes, garrafadas e banhos – sempre com respeito e explicando para ela o que queremos curar. Este respeito traz a energia que a planta quer nos dar e a cura se faz por completo.”

MAXAKALI

Sueli Maxakali é uma liderança dos Tikmũ’ũn, mais conhecidos como Maxakali, povo originário de uma região entre os atuais estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. É educadora, fotógrafa e realizadora audiovisual. Junto a seu companheiro Isael e algumas famílias Maxakali, criou a Aldeia Escola Floresta para fazer voltar a mata grande, os bichinhos e libertar as águas represadas.

“Nós gostamos muito do rio! Quando as mães ganham seus filhos e eles crescem um pouco, eles só querem saber de água e banho! As crianças cantam e imitam os bichos no rio. Imitam peixes, jacarés. Cantam os cantos dos jacarés, dos peixes e das pererecas. O rio é uma escola pra nós. A mata também é nossa escola. Por isso gostamos tanto de água. Pois é ela que nos fortalece! Quando bebemos água, ficamos vivos. É bom beber água limpa.”

KRENAK

Irani Krenak é ativista do povo Krenak, presente nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo. Irani vive na Terra Indígena Krenak, às margens do Rio Doce, em Minas Gerais. Ela luta pelo fortalecimento de sua cultura e pela proteção do território, ferido pelo avanço das fazendas e pela mineração – especialmente com o rompimento da Barragem de Fundão em 2015.

“Sempre ouvi minha mãe falar, minha avó, da tristeza deles quando acabaram com a mata. É muito triste, por isso estamos lutando, para nossos espíritos ficarem felizes e alegres… e aí vem a lama [da Barragem de Fundão] e acaba com o rio, nossos espíritos tornam a ficar doentes de novo. Mas a gente está aqui para nos recuperar. Nossos espíritos têm que estar fortes para nós lutarmos. É do espírito nosso da mata que a gente busca força, busca nossa energia, nossos cantos… então a mata é muito importante para todos nós. Erehé.”

PATAXÓ

Liça Pataxoop é educadora e liderança da aldeia Muã Mimatxi, em Itapecerica, Minas Gerais, uma das aldeias Pataxó encontradas entre os estados de Minas Gerais e Bahia. Ela utiliza desenhos como narrativas, ensinando e alimentando a cultura e a trajetória de seu povo pelo amor e pela convivência com a Mãe Terra.

“Porque ela é uma escola da vida, e às vezes tem pessoas que não olham para esse lado da Terra, não veem a Terra como uma produtora de vida e de ensinamento, mas ela é. Tudo que vive nela tem vida, tem história, tem crescimento para a mente, para o espírito, para tudo que faz parte da nossa memória. Então a Terra é a mãe, professora, médico. Tem tudo ali dentro. Mas é preciso cuidar sempre. Aqui, moro numa terra que já foi devastada por outras pessoas. A gente tira alguns alimentos daqui da nossa terra, mas nem tudo, porque já teve devastação”.

MATA ATLÂNTICA: PATRIMÔNIO EM RISCO*

*Fonte de dados  SOS Mata Atlântica

Desmatamento Mata Atlântica
Crédito da foto: SOS Mata Atlântica

Com uma área de 1.315.460 km2, a Mata Atlântica abrange cerca de 15% do território nacional, estendendo-se por 17 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina,  Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia,  Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. 

Em 1988, a Constituição Federal reconheceu a Mata Atlântica como um “patrimônio nacional”. Em 2006, foi aprovada a Lei da Mata Atlântica (11.428/2006).

O bioma mais ameaçado do país abriga 72% dos brasileiros (IBGE 2014) e concentra 80% do PIB nacional. Dela dependem serviços essenciais como abastecimento de água, regulação do clima, agricultura, pesca, energia elétrica e turismo.

[https://www.sosma.org.br/]

O que resta da Mata Atlântica hoje?

Em relação a sua área original, apenas:

24% de florestas

12,4% são florestas maduras e bem preservadas

É preciso monitorar e recuperar a floresta, além de fortalecer a legislação que a protege.

A 18ª edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, lançada em maio de 2023 pela Fundação SOS Mata Atlântica em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), identificou uma perda de 20.075 hectares (medida equivalente a mais de 20 mil campos de futebol) de florestas nativas no período observado (2021-2022).

A Mata Atlântica é aqui

A Mata Atlântica é aqui
Foto: Rafael Vilela

Existe Mata Atlântica na sua cidade? Você pode descobrir de forma rápida e interativa no site www.aquitemmata.org.br

No último ano, a Mata Atlântica perdeu uma área equivalente a 20 mil estádios de futebol.

0,9% das perdas se deram em áreas protegidas, enquanto 73% ocorreram em terras privadas.

Crédito da foto: Thiago Carvalho

A Mata Atlântica abriga

+15.700 espécies de plantas,
sendo 8 mil endêmicas

2.208 espécies de vertebrados
registrados pela ciência

298 espécies mamíferos

992 espécies aves

200 espécies répteis

370 espécies anfíbios

350 espécies peixes

Na Mata Atlântica, que representa 0,8% da superfície terrestre dom planeta, vivem mais de 5% de vertebrados do mundo. Sua flora é composta por mais de 15.700 espécies vegetais, o que corresponde a 5% da flora mundial.

Fatores de ameaça à Mata Atlântica

  • Impacto ambiental causado pelos mais de 145 milhões de brasileiros que abrigam a sua área
  • Desmatamentos sucessivos: No passado pelos ciclos econômicos como o da cana-de-açúcar, café e ouro.
  • Desmatamentos atuais: No presente, pelas
    • o atividades agropecuárias
    • o exploração da madeira
    • o industrialização
    • o expansão urbana desordenada
    • o consumo excessivo: lixo e poluição
  • 73% das áreas devastadas no último ano localizam-se em propriedades privadas

A Mata Atlântica é o bioma com maior número de espécies ameaçadas. Conheça alguns animais da Mata Atlântica em risco de extinção:

  • Muriqui-do-sul:considerado o maior primata das Américas, conta hoje com apenas cerca de 1.200 indivíduos na natureza. Vive exclusivamente na Mata Atlântica e é considerado um importante dispersor de sementes. Tem o rosto negro.
  • Muriqui-do-norte: também vive exclusivamente na Mata Atlântica. Diferencia-se da espécie irmã (muriqui-do-sul) apenas pela presença de manchas claras no rosto.
  • Cachorro-vinagre: considerado “criticamente em perigo” na Mata Atlântica, esse animal se alimenta principalmente de tatus, mas pode abater presas maiores.
  • Queixada: é o maior porco selvagem das Américas. Também consta da lista dos animais “criticamente em perigo” na Mata Atlântica.
  • Onça-pintada: é o maior felino das Américas e está na lista dos animais “criticamente em perigo”. Tem a mordida mais forte dentre todos os felinos, incluindo os leões.
  • Anta: é o maior mamífero terrestre do Brasil. Já está extinta na Caatinga e na Mata Atlântica do Nordeste.
  • Mico-leão-dourado: conhecido popularmente como mico-leão, é outra espécie que corre grave risco de extinção. Vive exclusivamente na Mata Atlântica brasileira e estima-se que existam hoje cerca de 1.000 indivíduos em liberdade, graças aos esforços para reprodução da espécie em cativeiro. O pequeno animal, característico pela pelagem que varia do dourado para o alaranjado, é uma das principais bandeiras de conservação da Mata Atlântica.
Foto Mico Leão Dourado
Mico Leão Dourado – Créditos da foto: Jussara Moura

Recém-descobertos e já em risco

Algumas das espécies, logo ao serem descobertas são imediatamente classificadas como “criticamente ameaçada de extinção”, última categoria antes de um animal ser decretado extinto, segundo critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).É o caso, por exemplo, do pássaro bicudinho-do-brejo, descoberto em 2005, e do mico-leão-da-cara-preta, descoberto na década de 1990. Ambos correm o risco de desaparecer da natureza, em consequência da devastação da Mata Atlântica.

Flora que cura

Crédito da Foto: Thiago Carvalho

Além disso, alguns alimentos e remédios que usamos no nosso dia a dia, como os chás de folha de maracujá e de carqueja, são naturais da Mata Atlântica. Segundo o CNCFlora, mais de 50% dos medicamentos disponíveis comercialmente são baseadas em compostos bioativos de espécies não humanas – ou seja, tem origem em plantas ou animais.  

Frutas que alimentam

Uvaia, Cambuci, Cabeludinha e Cereja do Mato certamente devem soar como nomes exóticos para muitos brasileiros, mas, na verdade, são nomes de  frutas originárias da Mata Atlântica e que já foram mais presentes na alimentação da população. Por conta do desmatamento, essas árvores acabaram isoladas e seus frutos acabam se tornando desconhecidos. A Mata Atlântica também é o berço de outras frutas mais conhecidas, como a Jaboticaba, a Pitanga, o Jenipapo, o Cajá, e o Araçá.

FamíliaNome PopularNome científicoTipo
MYRTACEAEAraçá da serraCalycorectes acutatusfrutífera
MYRTACEAEGabirobaCampomanesia xanthocarpafrutífera
MYRTACEAEGrumixamaEugenia brasiliensisfrutífera
MYRTACEAEGuamirim pitangaEugenia floridafrutífera
CALOPHYLLACEAEGuanandiCalophyllum brasiliensefrutífera
MYRTACEAEPitangaEugenia uniflorafrutífera
MYRTACEAEUvaiaEugenia pyriformisfrutífera
FABACEAECaliandraCalliandra brevipesnobre
BIGNONIACEAEIpê amarelo de cerradoHandroanthus vellosoinobre
FABACEAEMulunguErythrina falcatanobre
VERBENACEAEPau-violaCitharexylum myrianthumnobre
APOCYNACEAEPeroba rosaAspidosperma polyneuronnobre
FABACEAEAngico-vermelhoAnadenanthera colubrinasimples
STYRACACEAEBenjoeiroStyrax camporumflorífera
MYRTACEAECamboizinhoMyrcia selloiflorífera
SALICACEAECambroéCasearia gossypiospermaflorífera
LAURACEAECanela fedidaNectandra grandifloraflorífera
LAURACEAECanela pimentaOcotea puberulaflorífera
MELIACEAECanjaranaCabralea canjeranaflorífera
MELIACEAECanjarana miúdaGuarea macrophyllaflorífera
MELIACEAECedroCedrela fissilisflorífera
FABACEAEChico piresLeucochloron incurialeflorífera
AQUIFOLIACEAECongonhaIlex cerasifoliaflorífera
URTICACEAEEmbaúba prateadaCecropia hololeucaflorífera
FABACEAEFarinha secaPeltophorum dubiumflorífera
MORACEAEFigueira brancaFicus guaraniticaflorífera
MORACEAEFigueira do brejoFícus insipidaflorífera
MORACEAEFigueira-da-pedraFicus enormisflorífera
SOLANACEAEFruto-de-loboSolanum lycocarpumflorífera
SALICACEAEGuaçatongaCasearia sylvestrisflorífera
MYRTACEAEGuamirimCalyptranthes clusiifoliaflorífera
RUTACEAEGuaxupitaEsenbeckia grandifloraflorífera
FABACEAEIngá brancoInga laurinaflorífera
FABACEAEJatobáHymenaea courbarilflorífera
NYCTAGINACEAEJoão moleGuapira oppositaflorífera
VERBENACEAELixaAloysia virgataflorífera
ARALIACEAEMaria moleDendropanax cuneatusflorífera
FABACEAEMonjoleiroSenegalia polyphyllaflorífera
MAGNOLIACEAEMutamboGuazuma ulmifoliaflorífera
MALVACEAEPaineiraCeiba speciosaflorífera
FABACEAEPata de vacaBauhinia forficataflorífera
RUTACEAEPau marfimBalfourodendron riedelianumflorífera
APOCYNACEAEPessego-do-matoHexachlamys edulisflorífera
ROSACEAPessegueiroPrunus myrtifoliaflorífera
MAGNOLIACEAEPinha do brejoMagnolia ovataflorífera
EUPHORBIACEAETapiáAlchornea glandulosaflorífera
SAPINDACEAEVacunzeiroAllophylus edulisflorífera

A Mata Atlântica volta quando uma Terra Indígena é demarcada

Os povos indígenas são os maiores defensores da Mata Atlântica. Pesquisa analisa cobertura florestal em territórios homologados e mostra importância dos povos indígenas na proteção e restauração do bioma.

Publicado em janeiro de 2023 pela revista PNAS Nexus, da Oxford Academic, o estudo mostra que, apesar de todas as dificuldades, a cada ano após a demarcação de uma Terra Indígena (TI) na Mata Atlântica, há um aumento de 0,77% na cobertura florestal da área, quando comparada com terras não regularizadas.

Catarina Nimbopyruá, liderança da Terra Indígena Piaçaguera, no litoral de São Paulo 
Imagem: Catarina Apolinário/Divulgação/UOL
Catarina Nimbopyruá, liderança da Terra Indígena Piaçaguera, no litoral de São Paulo Imagem: Catarina Apolinário/Divulgação/UOL

Veja mais em https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/noticias-da-floresta/2023/03/21/homologar-terras-indigenas-protege-a-mata-atlantica-conclui-estudo.htm?cmpid=copiaecola

SUSTENTABILIDADE EM DEBATE

É possível salvar a Mata Atlântica?

“Para realizar a recuperação da Mata Atlântica é necessário um bom planejamento e um trabalho que privilegie os resultados a longo prazo. Entretanto, é impossível falar de preservação sem combater as atividades e elementos que obstruem o crescimento da floresta, tal qual a realização de atividades agropecuárias próximas a locais de preservação, o avanço de pragas, entre outros.

A primeira e mais recomendável forma de recuperação da floresta é a prática da Regeneração Espontânea, por ser a maneira mais barata, limpa e prática. Como o próprio nome sugere, consiste em permitir que a própria floresta se recupere, sem a intervenção humana, através dos diversos meio de dispersão de sementes existentes na natureza, como a ação dos ventos, de pássaros e de insetos. Para isso, como já foi dito, é preciso interromper práticas e fenômenos que atrapalhem a regeneração ou que agridam direta ou indiretamente a vegetação.

Entretanto, nem sempre a Regeneração Espontânea é a maneira mais viável para se praticar a recuperação da floresta. Às vezes, ela não é possível e, às vezes, não é recomendável, sobretudo quando o número de espécies vegetais é limitado, pois a regeneração espontânea, nesse caso, proporcionaria uma menor diversidade, o que torna a floresta mais vulnerável.”

“Nesse caso, o procedimento mais recomendável é o Reflorestamento, que deve ser realizado, preferencialmente, com espécies nativas da região, mesmo aquelas que foram completamente retiradas da área da floresta e que se encontram apenas em outros locais. A vantagem desse procedimento é a rapidez com que os seus efeitos se concretizam, além da variabilidade genética proporcionada pela grande diversidade de espécies que se apresentarão.

Mesmo com todos os procedimentos existentes e com todos os avanços da ciência na área de regeneração de floresta, a recuperação da Mata Atlântica esbarra em inúmeros problemas, como os elevados custos e a disputas de muitas de suas terras.

Por esse motivo, foi criado o Pacto Florestal. Trata-se de uma iniciativa de alguns centros de pesquisas, aliados à iniciativa privada, a universidades públicas e a órgãos governamentais para acelerar o processo de preservação e recuperação da floresta da Mata Atlântica. O objetivo é recuperar 15 milhões de hectares até o ano de 2050.

Atualmente, a Mata Atlântica conta apenas como 7,91% da sua área original, sendo que mais de 80% da vegetação ainda existente encontra-se pulverizada em áreas com menos de 50 hectares.

Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia”

PENA, Rodolfo F. Alves. “Como recuperar a Mata Atlântica?”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/como-recuperar-mata-atlantica.htm . Acesso em 31 de maio de 2023.

O que fazer para contribuir para a preservação da Mata Atlântica?

Acabar com a exploração dessa floresta, promover a recuperação do bioma nativo e viabilizar a criação de sistemas mais ambientalmente responsáveis na Mata Atlântica é fundamental para o desenvolvimento sustentável no Brasil.

A boa notícia é que já existem diversos movimentos e organizações que trabalham com esse propósito, com projetos de proteção e amparo à Mata Atlântica. Caso, por exemplo, das ONGs que apresentamos a seguir.

Há dezenas de outras ONGs que atuam na defesa da Mata Atlântica. Por meio de estratégias compartilhadas, a Rede de ONGs da Mata Atlântica se constitui num coletivo com uma agenda nacional, e possui conquistas relacionadas a articular interesses junto aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, no sentido de  formular propostas para aprimorar a legislação, e desenvolver importantes mecanismos de participação social.

Dentre os organismos governamentais que atuam na área de meio ambiente, destacamos

Como apoiar iniciativas que preservam e regeneram a Mata?

Você pode ajudar a Mata Atlântica de várias maneiras diferentes. Pode fazer uma doação, ser um voluntário, participar de eventos, mobilizar sua comunidade, entre outras.

Além disso, você pode ajudar as causas da Fundação a alcançarem o maior número possível de pessoas. Seja também um digital influencer em favor da Mata Atlântica.

Desde 2022, a Fundação SOS MATA ATLÂNTICAQ integra o grupo de Atores pela Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas (2021-2030). O movimento é um apelo para a proteção e revitalização dos ecossistemas em todo o mundo, em benefício das pessoas e da natureza, visando deter a degradação dos ecossistemas e restaurá-los para atingir objetivos globais. Acima de tudo, juntos à Década da Restauração estamos construindo um movimento global forte e amplo para acelerar a restauração e colocar o mundo no caminho de um futuro sustentável. Clique aqui e se torne um parceiro da SOS Mata Atlântica nas ações de restauração florestal.

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