Aniversário de São Paulo | Topônimos* de Origens Indígenas Presentes na Cidade
Local:
Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca - São Paulo/SP)
Data:
25/01/2024, das 10h às 12h
Entrada:
gratuita, mediante inscrição antecipada
Vagas:
20 pessoas
Informações:
(11) 3873-1541 ou contato@museudasculturasindigenas.org.br
Turiassu, Ibirapuera, Tietê, Guaianazes, Itaquera, Tucuruvi, Butantã, M’Boi Mirim, Pirituba, Jaguaré, Jaraguá, Mooca, Pacaembu, Anhangabaú, Ipiranga, Pari, Tatuapé, Sapopemba, Canindé, Carandiru, Guarapiranga, Jabaquara, Moema, Jaçanã, Congonhas, Morumbi, Grajaú, Tremembé, Tamanduateí… O que significam os nomes indígenas de lugares da cidade de São Paulo? O município mantém, em praticamente todas as regiões, esses topônimos* em bairros, ruas e parques.
No dia em que São Paulo completa 470 anos, à luz dos povos indígenas que habitaram e habitam a construção desta cidade, refletindo sobre o território anterior ao que conhecemos, o Museu das Culturas Indígenas (MCI), por meio de seus Mestres dos Saberes, traz suas histórias, culturas e significados.
É importante lembrar que a fundação da cidade insere-se no processo de ocupação e exploração de terras que já eram habitadas por diversos povos indígenas, entre os quais estão Tamoio, Tupinambá, Guarani, Tupiniquim, Carijó, Goiana, Guaianás, Puri, Tupi, Kaiapó, Kaingang, Opaié-Xavante, Otí-Xavante e outros.
*Topônimos: nomes geográficos próprios de região, cidade, vila, povoação, lugar, rio, logradouro público, entre outros.
Natalício Karaí de Souza é Guarani Mbya, nasceu no Paraná, na Aldeia Pinhal. Com 16 anos, passou a morar na Aldeia Tenondé Porã, em Parelheiros, na cidade de São Paulo, e há mais de 20 anos vive na Terra Indígena Jaraguá. É Mestre dos Saberes no MCI e artesão, fazendo esculturas de animais em madeira. Em sua aldeia é considerado xeramoi, um ancião e líder religioso. Gosta de falar sobre sua cultura, da espiritualidade e das tradições do seu povo, passando para os mais novos aquilo que aprendeu com seus mais velhos.
Cláudio Verá é da etnia Guarani Mbya. Trabalhou por 10 anos como professor da rede pública, lecionando Língua Materna e Cultura Étnica nas Terras Indígenas Tenondé e Krukutu. Toca violão guarani e ravé, joga futebol, já viveu em diversos territórios indígenas pelo Brasil e passou por outros tantos pelo mundo. Traz conhecimentos sobre cosmovisão guarani, comidas, crenças, pássaros, flora. Atualmente, é Mestre dos Saberes do MCI.