Patrimônio Cultural Indígena em Debate: mesa 3 | perspectivas desde a Mata Atlântica

A Escola da Cidade, com apoio do Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo (CPC-USP | Casa de Dona Yayá) e o Museu das Culturas Indígenas (MCI), por meio do Edital de Chamamento 003/2023, de Projetos de Fomento à Práticas em Arquitetura e Urbanismo 2022: Apoio à Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP), realiza o seminário “Patrimônio Cultural Indígena em Debate”. Trata-se de um ciclo de conversas que procura promover encontros entre ativistas indígenas, pensadores e pessoas de diversas áreas do conhecimento para discutir práticas de valorização do patrimônio cultural, de modo a conhecer e difundir narrativas, padrões artísticos, materiais, técnicas e saberes indígenas. O seminário procura abrir o debate em torno da formação e atualização profissional nas áreas de preservação e conservação do patrimônio cultural, visando especialmente a inclusão dos territórios indígenas através de seus modos de fazer e de seus saberes, além de promover o intercâmbio entre diversas áreas do conhecimento.

As mesas ocorrerão nos dias 25 de outubro, 7 e 9 de novembro.

No dia 9 de novembro, o Museu das Culturas Indígenas recebe a terceira mesa do ciclo, “Perspectivas desde a Mata Atlântica”. Nesta mesa serão debatidos os desafios atuais na preservação dos territórios tradicionais que têm em comum o habitar a Mata Atlântica e as legislações de proteção destes territórios. Estas legislações e alguns conceitos que as permeiam ora dão suporte aos modos de fazer tradicionais, ora atrapalham e penalizam estas formas de vida ligadas à floresta. Como pensar formas de manejo tradicional e o patrimônio cultural?

Palestrantes:

Sônia Ara Mirim: de origem Xucuru-Cariri, é moradora da Terra Indígena Guarani Mbya e Guarani Ñandeva do Jaraguá, em São Paulo, ativista em coletivos e movimentos sociais de mulheres e povos indígenas pelo direito à terra, é uma das curadoras da exposição “Nhe’ẽ ry: onde os espíritos se banham”, no Museu das Culturas Indígenas, e fez parte dos elencos dos filmes Avaxi Para’i (2017) e Anhangabaú (2023).

Tânia Knapp: arquiteta paisagista ativista, mestre e doutoranda em História da Arquitetura e do Urbanismo (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAUUSP) e bolsista do Projeto de Cooperação Internacional Integrated Study on Urban Agriculture as Heritage (INSUAH – Estudo Integrado sobre Agricultura Urbana como Patrimônio, na sigla em inglês), financiado pela Fundação Volkswagen. Está interessada em como os modos de vida não urbanos conformam cidades mais resilientes e sustentáveis nos territórios.

Zélia Morato Pupo dos Santos e Mauricio Pereira Pupo: são lideranças do Quilombo André Lopes, no município de Eldorado (SP), coletores de sementes, integrantes da Rede de Sementes do Vale do Ribeira e participantes da Feira de Troca de Sementes e Mudas dos Quilombos do Vale do Ribeira. Mantêm uma tradição ancestral de cuidado com o território em que vivem.

Programação Completa:

Mesa 1 | Patrimônio Imaterial e o Saber Fazer Tradicional
25/10, às 18h00 | Escola da Cidade
Com Thiago Karai Djekupe, Fabíola Andréa Silva, Luiz Fernando Almeida e Maria Inês Ladeira. Mediação de Anna Beatriz Galvão.

Mesa 2 | Políticas e Experiências
07/11, às 18h30 | Casa de Dona Yayá
Com Tamikuã Txihi, Wellington Cançado e Yussef Campos. Mediação de Flávia Brito do Nascimento.

Mesa 3 | Perspectivas desde a Mata Atlântica
09/11, às 18h30 | Museu das Culturas Indígenas
Com Sonia Ara Mirim, Tania Knapp, Zélia Morato Pupo dos Santos e Mauricio Pereira Pupo. Mediação de Laura Pappalardo.

Observações:

1. A inscrição dá direito à participação apenas da terceira mesa do seminário, “Perspectivas desde a Mata Atlântica”, a ser realizada no Museu das Culturas Indígenas, em 09/11/2023

2. Para participar das outras duas mesas, “Patrimônio Imaterial e o Saber Fazer Tradicional” e “Políticas e Experiências”, realizadas nos dias 25/10 e 07/11/2023, na Escola da Cidade e Casa de Dona Yayá, respectivamente, acompanhe a programação pelo Instagram do @ochaocoletivo e site da Escola da Cidade (ec.edu.br)