9ª Primavera dos Livros | 3ª Feira do Livro Periférico: Veredas Indígenas na Capital Paulista

Inscrições de 24 a 31 de agosto ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro).

O livro enquanto patrimônio cultural e histórico e a bibliodiversidade, percebida como ensejo prático da democracia, são os valores que norteiam a curadoria da Liga Brasileira de Editoras (LIBRE) e a Câmara Periférica do Livro (CPL) para a promoção da 9ª Primavera dos Livros | 3ª Feira do Livro Periférico, encontro que reúne editoras, livreiros, autores e educadores de arte que, reunidos, celebram a importância de um olhar crítico e coletivo para o mercado de produção literária do país.

Este ano, o evento ocorrerá entre 30 de agosto e 1º de setembro, no Galpão Cultural Elza Soares, do Armazém do Campo, um espaço democrático localizado na região central da cidade, e parceiros, que acolherão, além de mais de 60 editoras expositoras, uma intensa programação, totalmente gratuita, de debates, palestras, oficinas, intervenções de slams, saraus e atividades para o público infantil.

Pautada em valores como a representatividade e a resistência perante a lógica mercadológica dos eventos literários nas metrópoles, estão discussões importantes para o universo do livro. Parceiro da iniciativa, o Museu das Culturas Indígenas recebe a Mesa “Veredas Indígenas na Capital Paulista”, que busca contemplar caminhos alternativos e movimentos de indígenas na capital do Estado de São Paulo, considerando um ancestral, também, o rio que se torna um córrego suburbano. Esse bate-papo visa compreender a sensibilidade, o cotidiano e legados indígenas e nordestinos no município mais populoso do país. Fortalecendo vozes e escritas que traduzam o sentimento de representatividade, participam Letycia Payayá, João Paulo Ribeiro e Cláudio Laureatti.

Letycia Payayá, mulher indígena, mestra em História Oral e Doutoranda em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades, pelo Diversitas/USP.

João Paulo Ribeiro, doutor em linguística pela UFSCar. Pesquisa em poética do traduzir de Ayvu Rapyta (CADOGAN, 1959), poema de narrativa de surgimento do povo Mbya Guarani.

Cláudio Laureatti, poetator, doutorando em Tradução (Nheengatú – Português) pela USP. Pesquisa em Raul Bopp (Cobra Norato) e Câmara Cascudo (Contos Tradicionais do Brasil).

A Primavera dos Livros | Feira do Livro Periférico é realizada pela Ação Educativa, com o Ministério da Cultura, e pela Liga Brasileira de Editoras, e conta com o apoio da Forma Certa, Digitaliza, A Casa Tombada, Centro Universitário Assunção e produção da AM3.

Primavera dos Livros
Realizada pela Liga Brasileira de Editoras (LIBRE), nasceu em 2002, como uma feira de livros carioca. Em São Paulo, em sua 9ª edição, vem idealizada para subverter o mercado que prioriza e facilita somente grandes editoras, em eventos que possuem uma lógica de mercado que não consegue entender profundamente a diversidade presente nos títulos de editoras pequenas e independentes. Além de São Paulo e Rio de Janeiro, diversas outras edições foram realizadas em Belo Horizonte e Salvador.

Feira do Livro Periférico
Iniciativa da Ação Educativa, com advento em 2022, está em sua terceira edição e integra o projeto Câmara Periférica do Livro (CPL), com o objetivo de estimular e ampliar o alcance das produções artísticas realizadas nas periferias, com lançamento de livros, debates, sarau e exposição de arte.

Ação Educativa
Fundada em 1994, é uma associação civil sem fins lucrativos que atua nos campos da educação, cultura e juventude, na perspectiva dos direitos humanos. Dedica-se à formação de educadores, de jovens e agentes culturais; à produção de materiais didáticos e metodologias participativas; à difusão cultural; à pesquisa, informação e mobilização social. Atua em redes de ensino e escolas, órgãos públicos e organizações da sociedade civil, coletivos e comunidades, bem como em articulações no Brasil e no mundo.

Liga Brasileira de Editoras (LIBRE)
Constituída em 2002, é uma rede de editoras independentes. Trabalha, cooperativamente, pelo fortalecimento do mercado editorial e da bibliodiversidade, consolidando seu papel por meio da presença em debates públicos sobre a política do livro, aproximando-se de discussões acerca dos processos de seleção e compra de livros feitas pelos governos, contribuindo para a construção de programas mais transparentes, eficientes e amplos, e buscando alternativas para a modernização do sistema de distribuição do livro no país e soluções para uma entrada mais efetiva dos editores da liga nas grandes livrarias do país.

Câmara Periférica do Livro (CPL)
Surgida nos movimentos dos saraus, trata-se de uma rede criada para atuar no fortalecimento de editoras e selos atuantes nas periferias de São Paulo e cidades limítrofes do Rio de Janeiro e de Belém, que se expressa como a terceira onda do movimento literário periférico. O nome nasceu para fazer contraponto à Câmara Brasileira do Livro (CBL), que pode ser chamado de “circuito oficial” do livro, direcionado às classes mais abastadas.

Observações:

• as inscrições serão realizadas de 24 a 31 de agosto ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
• ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
• com exceção de crianças de colo, com até 24 meses incompletos, todas as pessoas necessitam de ingresso, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
• para sua comodidade, aconselhamos chegar com antecedência de 30 minutos do horário da atividade;
• a entrada de crianças com até 11 anos só é permitida se acompanhada de uma pessoa responsável maior de 18 anos, que deverá estar sempre presente;
• é proibida a circulação com bolsas grandes, mochilas ou sacolas nas áreas internas do Museu (3º ao 7º andar). Disponibilizamos guarda-volumes na Recepção, no térreo, com acesso limitado. Bolsas de amamentação ou bolsas com medicação são exceções permitidas.