Território, educação e diversidade cultural norteiam ações do Abril Indígena, no Museu das Culturas Indígenas
No mês em que é celebrado o Dia dos Povos Indígenas (19/04), o MCI, em parceria com o Conselho Indígena Aty Mirim, lança a primeira edição do Abril Indígena, composto por uma rica programação gratuita de oficinas, cursos, feira de artesanato, apresentações culturais, palestras e rodas de conversa;
Ao visitar o MCI, também é possível conferir grafismos indígenas espalhados pela sede do Museu. A programação pode ser conferida no site do Museu, em museudasculturasindigenas.org.br
São Paulo, abril de 2023 – O Museu das Culturas Indígenas (MCI), em parceria com o Conselho Indígena Aty Mirim, promove o Abril Indígena. Trata-se de uma série de atividades gratuitas, com as participações de representantes indígenas no estado de São Paulo, que reafirma a relevância de temas como território, diversidade cultural e educação dos povos originários. A programação gratuita e aberta ao público em geral vai contar com apresentações de danças, palestras, oficinas e cursos de formação.
A primeira edição do Abril Indígena, idealizado pelo MCI – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim – pretende sensibilizar o público sobre a realidade dos territórios indígenas no Estado de São Paulo. Vale lembrar que neste mês também é celebrado o Dia dos Povos Indígenas (19/04).
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO AO LONGO DO MÊS:
Apresentação cultural e escrita indígena
Em 06/04, o MCI promove a apresentação musical Toré Pankararu. Um dos símbolos de maior resistência e união entre povos indígenas, a apresentação é conduzida pelo grupo de dança Pankararu, formado por moradores do Real Parque, bairro da zona sul de São Paulo, onde residem cerca de 700 indígenas da etnia. A atividade, realizada em parceria com a Associação SOS Pankararu, conta com a direção das lideranças Maria Lídia Pankararu e Adilson Pankararu, e acontece às 12h.
Em parceria com o Festival Literário Trança, o MCI promove a oficina Quem não pode com a formiga, não assanha o formigueiro, em 08/04, às 10h. Conduzida por Adriana Pesca, professora atuante nas escolas indígenas das redes municipal e estadual, a atividade aborda as poéticas e as narrativas ancestrais, as textualidades e as escrituras indígenas, além de mostrar como os processos de escrita estão relacionados aos movimentos de fortalecimento e resistência dos povos originários.
Feira Indígena no MCI
Indígenas detentores de conhecimentos tradicionais sobre a fabricação de artefatos, e articulados pelo Conselho Indígena Aty Mirim/MCI, participam entre 19/04 e 23/04 da Exposição e Venda de Artes e Artesanatos dos Territórios Indígenas de São Paulo. Durante a exposição, aberta na área externa do MCI, o grupo também promove oficinas, rodas de conversas e palestras com os artistas e expositores. Entre os dias 20/04 e 23/04, as atividades serão comandadas por representantes de Terras Indígenas em São Paulo, Guarulhos, Ubatuba, Jaraguá, Itanhaém e Registro.
Rodas de conversa e cantos: território, resistências e união
Em 19/04, das 10h30 às 12h, o MCI promove o evento Direitos Indígenas, Proteção Territorial e Meio Ambiente: Dilemas e Desafios para o Século XXI. Para abordar a luta pelo território e proteção do meio ambiente, o encontro terá a participação de integrantes do Conselho Indígena Aty Mirim, como o Cacique Márcio Boggarim, da Terra Indígena Tekoa Yvy Porã; Thiago Awá Mirim, da Terra Indígena Renascer, e Cristiano Kiririndju, presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas na Secretaria de Justiça do Governo do Estado de São Paulo, da Terra Indígena Renascer.
Na mesma data, das 14h às 15h30, acontece a roda de conversa Povos Indígenas: Resistências e Diferenças. Conduzida por Aly Orellana, amazônida, descendente Guarani e doutor em educação pela PUC/SP, e Márcio Boggarim, integrante do Conselho Aty Mirim, os participantes debatem o racismo contra os povos indígenas, dentro e fora de seus territórios, e em especial nas instituições públicas e privadas. A atividade é uma parceria com a Coordenação de Povos Indígenas da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.
O Coral Guarani Mbaraete, da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, apresenta Cantos de União e Re-Existência. Com mediação de Jaxuka Quadros, integrante do Conselho Indígena Aty Mirim, a atividade acontece em 19/04, a partir das 15h30.
Grafismos Indígenas: espiritualidade, memória e artes
Em 19/04, a partir das 16h, o MCI inaugura nova fachada externa do Museu, composta por pinturas e grafismos indígenas, na ocasião também será realizada uma cerimônia de rezo, com a condução de Xejary Catarina Nymbopy’ruá, Xeramoy Manoel Werá e integrantes do Conselho Indígena Aty Mirim.
Os grafismos indígenas foram criados por Mimby Mirim dos Santos, Tupi-Guarani (T.I. Piaçaguera em Peruíbe/SP), Elizeu Caetano, Tupi-Guarani Ñhadeva (T.I. Araribá em Avaí/SP), Itauany Larissa Melo Marcolino, Kaingang (T.I. Vanuíre em Arco-Íris/SP), Susilene Elias Melo, Kaingang (T.I. Vanuíre em Arco Íris/SP), Awá Tupã Mirim, Tupi-Guarani (T.I. Renascer Ywyty Guaçu em Ubatuba/SP), Thÿnrà Terena, Terena (T.I. Araribá em Avaí/SP), Edenizete Ribeiro Alves, da Reserva Indígena Filhos desta Terra (Guarulhos/SP) e Rafael Kaje, Guarani M’bya (T.I. Jaraguá em São Paulo/SP).
Palestras, oficina e dança: territórios, transmissão de saberes, arte e educação
Em 20/04, às 10h, representantes do povo Pankararu comandam a palestra Entre Brejo dos Padres e Real Parque: Praiás, Caroás, Toantes e Dinâmicas Ritualísticas entre os territórios Pankararu. Ivone Pankararu, da Associação SOS Pankararu e integrante do Conselho Indígena Aty Mirim, e Adílson Pankararu, liderança espiritual do povo Pankararu no Real Parque em São Paulo, debatem sobre os territórios e resistências da etnia Pankararu.
Com a participação do artista Denilson Baniwa e o Cacique Awá Mbaraeté Dju (Ubiratã Gomes), professor e pesquisador, a atividade Arte indígena: olhar contemporâneo e ancestral promove o diálogo sobre a luta do território por meio da arte e da educação. A atividade em 20/04, às 18h, também apresenta os conceitos da instalação “Escola Panapaná” de Denilson Baniwa, em cartaz na Pinacoteca São Paulo. A instalação une a combinação de línguas e culturas indígenas com artes e música.
A transmissão de conhecimentos ancestrais e o diálogo entre gerações são apresentados na palestra Saberes-fazeres, diálogo intergeracional e transmissão de conhecimentos tradicionais: Tradição, Modernidade e Sustentabilidade. Em 21/04, às 10h, dona Irene Boggarim, integrante do Conselho Indígena Aty Mirim, apresenta como são conservados e transmitidos os saberes indígenas na Terra Indígena Jaraguá. Já em 22/04, às 10h, o MCI apresenta a palestra “O Protagonismo das Mulheres Indígenas na Luta por Direitos Humanos: Corpo, Saúde, Memória e Territórios”, com a Cacica Arapoty Maria, da Terra Indígena Jaraguá.
Na oficina de fabricação de pulseiras e miçangas, as indígenas Ivanildes Pereira da Silva e Ana Rosa Pereira da Silva, ambas do povo Guarani Mbya, da Aldeia Rio Bonito, comandam a atividade em 22/04, às 13h. Os participantes confeccionam braceletes e colares e podem levar os itens criados como recordação.
Cantos e danças, em especial a Dança do Xondaro, marcam a apresentação do Coral Guatapu, da Aldeia Nhanderu Pó, em Mongaguá, em 22/04, às 17h. A apresentação conta com a mediação de Luiz Karaí, integrante do Conselho Aty Mirim.
Roda de conversa e apresentação
A gestão compartilhada entre representantes indígenas e o estado é abordada na roda de conversa Conhecimentos Indígenas, Sistemas Tradicionais de Cura e Gestão Compartilhada com o Estado: trajetórias das políticas públicas de saúde e seu impacto nos territórios paulistas, com a participação de Luiz Karaí, da Aldeia Nhanderu Pó, em Mongaguá, e Guaraci Gomes, da Aldeia Bananal, em Peruíbe. A atividade acontece em 23/04, das 10h às 12h.
Já a apresentação do grupo Toré Filhos Desta Terra está marcada para acontecer no MCI em 23/04, às 17h, com mediação de Máximo Wassu, integrante do Conselho.
Elaboração de projetos culturais e curso de arbitragem
Em 27/04, às 18h, o MCI oferece uma formação para produtores culturais e comunidades indígenas para elaboração de projetos culturais e captação de recursos financeiros por meio dos editais PROAC, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do estado de São Paulo.
Após participação na palestra, produtores e comunidades poderão desenvolver projetos culturais com mentoria do museu a ser realizado em um fim de semana em maio.
Em parceria com a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, o MCI realizará o primeiro curso de Arbitragem de futebol para pessoas indígenas nos dias 21, 22 e 23/04. A formação conta com apoio de material, conteúdo teórico e prático ministrado por instrutores do Quadro da Escola de Árbitros João Paulo Araújo. Os participantes receberão certificado e poderão atuar como árbitros em jogos de futebol.
SERVIÇO
06/04 – quinta-feira
Apresentação Toré Pankararu
Horário: às 10h
08/04 – sábado
Oficina: Quem não pode com a formiga, não assanha o formigueiro
Horários: das 10h às 13h; das 15h às 17h
Vagas: 30
Inscrições disponíveis aqui.
19 a 23/04
Abertura da Feira Indígena
Horário: das 9h às 18h
19/04 – quarta-feira
Roda de conversa – Direitos Indígenas, Proteção Territorial e Meio Ambiente: Dilemas e Desafios para o Século XXI
Horário: das 10h30 às 12h
Vagas: 50
Inscrições disponíveis aqui.
Roda de conversa – Povos Indígenas: Resistências e Diferenças
Horário: das 14h às 15h30
Vagas: 50 pessoas
Inscrições disponíveis aqui.
Apresentação cultural: Cantos de União e Re-Existência
Horário: das 15h30 às 16h
Inauguração dos Grafismos Indígenas no edifício sede do Museu das Culturas Indígenas: Espiritualidade, Memória e Artes
Horário: das 16h às 17h
Rezo: cerimônia de Inauguração do Mural Coletivo de Grafismos Indígenas
Horário: das 17h às 18h
20/04 – quinta-feira
Palestra – Entre Brejo dos Padres e Real Parque: Praiás, Caroás, Toantes e Dinâmicas Ritualísticas entre os territórios Pankararu
Horário: das 10h às 12h
Vagas: 30
Inscrições disponíveis aqui.
Roda de conversa com Artistas e Artesãos dos Territórios Indígenas de São Paulo
Horário: das 15h às 17h
Vagas: 50
Inscrições disponíveis aqui.
Arte indígena: olhar contemporâneo e ancestral
Horário: das 18h às 20h
Inscrições disponíveis aqui.
21/04 – sexta-feira
Palestra – Saberes-fazeres, diálogo intergeracional e transmissão de conhecimentos tradicionais: Tradição, Modernidade e Sustentabilidade na TI Jaraguá/SP
Horário: das 10h às 12h
Vagas: 50
Inscrições disponíveis aqui.
Roda de conversa com Artistas e Artesãos dos Territórios Indígenas de São Paulo
Horário: das 14h30 às 16h30
Vagas: 50
Inscrições disponíveis aqui.
22/04 – sábado
Palestra – O Protagonismo das Mulheres Indígenas na Luta por Direitos Humanos: Corpo, Saúde, Memória e Territórios
Horário: das 10h às 12h
Vagas: 50
Inscrições disponíveis aqui.
Oficina: Fabricação de Pulseiras de Miçangas
Horário: das 13h às 15h
Vagas: 15
Inscrições disponíveis aqui.
Roda de conversa com Artistas e Artesãos dos Territórios Indígenas de São Paulo
Horário: das 15h às 17h
Vagas: 50
Inscrições disponíveis aqui.
Apresentação Cultural: Cantos e danças com o Coral Guatapu
Horário: das 17h às 18h
23/04 – domingo
Roda de conversa – Conhecimentos Indígenas, Sistemas Tradicionais de Cura e Gestão Compartilhada com o Estado: trajetórias das políticas públicas de saúde e seu impacto nos territórios paulistas
Horário: das 10h às 12h
Vagas: 50
Inscrições disponíveis aqui.
Roda de conversa com Artistas e Artesãos dos Territórios Indígenas de São Paulo
Horário: das 15h às 17h
Vagas: 50
Inscrições disponíveis aqui.
Apresentação Cultural: Grupo de Toré Filhos Desta Terra (Guarulhos/SP)
Horário: das 17h às 18h
Curso de Arbitragem de futebol para pessoas indígenas
Datas: 21, 22 e 23/04
Inscrições disponíveis exclusivamente para indígenas aqui.
Palestra: Elaboração de Projetos Culturais
Data: 27/04
Horário: das 18h às 20h
Museu das Culturas Indígenas
Local: R. Dona Germaine Burchard, 451 – Água Branca, São Paulo/SP
Entrada: participação gratuita nas atividades.
Sobre o MCI
O Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) – Organização Social de Cultura – em parceria com o Instituto Maracá, associação sem fins lucrativos que tem como finalidade a proteção, difusão e valorização do patrimônio cultural indígena. O MCI apresenta uma proposta inovadora de gestão compartilhada a ser construída ao longo da experiência, com o fortalecimento do protagonismo indígena. É em espaço de diálogo intercultural, pluralidade, encontros entre povos indígenas e não-indígenas, onde a memória da ancestralidade permitirá aos diversos povos originários compartilharem suas mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes e histórias. Uma conquista dos povos indígenas, ainda em processo de construção, neste território na cidade, aberto para que o público entre em contato com sua própria história, e com outras histórias do Brasil.
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br
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