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BOLETIM 02

CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA EDUCATIVO E DEMAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO NÚCLEO DE TRANSFORMAÇÃO E SABERES DO MUSEU DAS CULTURAS INDÍGENAS

Fonte: Acervo MCI

O Núcleo de Transformação e Saberes (NUTRAS) do Museu das Culturas Indígenas (MCI) atravessou um processo intenso de consolidação nos últimos meses. Dentre as atividades desenvolvidas destaca-se o desenvolvimento do nosso Programa Educativo. É um documento que define as diretrizes, pressupostos, conceitos, estratégias, orientações e projetos relacionados às atividades do setor educativo.

Além da produção desse documento, o NUTRAS tem realizado outras atividades importantes para o funcionamento do museu. São atividades de formação internas (voltadas para a equipe do museu) e externas (abertas ao público), além do atendimento aos visitantes e a avaliação qualificada de todas essas experiências. Essa rotina contribui para o amadurecimento de um Programa Educativo. Neste Boletim, vamos compartilhar algumas delas para ilustrar de que forma este processo vem se desenvolvendo.

1. O QUE É O SETOR EDUCATIVO EM UM MUSEU?

De acordo com a atual definição do Conselho Internacional de Museus (ICOM), os museus possuem um papel voltado para a educação e a partilha de saberes com a sociedade. A função de acolher o público e promover ações de educação e transformação é conhecida como “Educação Museal”.

No final do ano de 2017, o Instituto Brasileiro de Museus publicou, por meio de uma portaria, a Política Nacional de Educação Museal (PNEM), que é um conjunto de princípios e diretrizes para apoiar a atuação dos educadores e fortalecer a dimensão educativa em todos os espaços do museu. Segundo a PNEM, a Educação Museal é “um processo de múltiplas dimensões de ordem teórica, prática e de planejamento, em permanente diálogo com o museu e a sociedade” (MinC, Portaria nº 422, de 30 de Novembro de 2017, art. 2º).

Assim, faz-se especialmente necessário que o MCI exerça seu papel educativo, realizando visitas mediadas para grupos escolares, cursos formativos para professores, eventos educativos, ações de parceria entre museu e escola, produção de materiais educativos para uso em sala de aula, dentre outras iniciativas voltadas para a aplicação da lei nº 11.645/2008, que torna obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena no ensino regular, em conjunto com as instituições educacionais.

Nesse sentido, o Museu das Culturas Indígenas assume o importante papel de ser um ponto de referência acerca das culturas indígenas na capital paulistana, sendo o único museu da cidade de São Paulo voltado exclusivamente para tal temática. Um dos princípios norteadores de sua criação é dar visibilidade e garantir o protagonismo dos povos indígenas. Por isso, a atuação do setor educativo e formativo (NUTRAS) é de extrema importância também para escolas, professores, estudantes e pesquisadores que desejam aprofundar-se nas questões indígenas e também ter contato direto com os povos indígenas.

Mestres de Saberes

Como parte do corpo técnico do educativo, o Museu das Culturas Indígenas tem como agentes centrais os Mestres de Saberes. Os visitantes são acolhidos por eles, que são indígenas Guarani Mbya, Pankararu e Wassu-Cocal residentes da cidade de São Paulo, capazes de trazer para o museu as referências, os valores e as narrativas de suas comunidades.

Os mestres falam de suas próprias culturas, saberes e modos de viver em suas comunidades, em uma perspectiva plural de experiências indígenas, incluindo aquelas que se dão em contextos urbanos (cidades, aldeias e comunidades). Também medeiam o contato do público com as exposições e instalações, elaboram e desenvolvem projetos e oficinas e, principalmente, se propõem a desconstruir possíveis estereótipos trazidos pelo público e ampliar as perspectivas que se têm sobre os povos indígenas.

A partir desta atuação, contribuem para a valorização dos saberes originários e para o diálogo das culturas indígenas com a educação dentro e fora das escolas, possibilitando a criação e o aperfeiçoamento dos espaços de representatividade indígena nos equipamentos públicos de cultura.

Públicos do museu e desafios

Desde sua inauguração, em julho de 2022, o Museu das Culturas Indígenas está recebendo diversos públicos. Além do público espontâneo, composto pelas pessoas que visitam o museu diariamente, temos o agendamento de grupos que são em grande parte estudantes de escolas públicas.

Cada um dos tipos de público que o museu recebe tem uma expectativa em relação ao que vão experienciar durante uma visita. Dentre elas, algumas estão alinhadas com a proposta do MCI, como o encontro direto com os povos, culturas e produções teóricas e artísticas indígenas. No caso do público escolar, espera-se que o contato com o museu consiga suprir uma carência ou então complementar o aprendizado sobre a história e cultura indígenas que é feito nas escolas. Algumas vezes, o choque entre as expectativas e a experiência pode provocar frustrações, mas também é o que promove surpresa e transformação. Quando há esse choque entre as expectativas do público e as exposições do museu e seu corpo educativo, surgem algumas questões, como por exemplo:

1- “Queremos ver indígenas de verdade”: sabemos que as visões estereotipadas construídas pela tradição escolar e pela mídia hegemônica caracterizam os povos indígenas como se todos tivessem as mesmas características físicas e os mesmos traços culturais e como se fossem seres ahistóricos, presos em um passado idealizado. A maioria das pessoas ignora a enorme diversidade que compõe os mais de 300 povos indígenas existentes no Brasil, e uma das missões do Museu das Culturas Indígenas é desenvolver estratégias para quebrar esses estereótipos.

2- “Onde está o acervo?”: a queixa mais frequente por parte dos visitantes costuma ser com relação ao acervo, porque esperam ver aqui alguns materiais que normalmente se encontram em museus de tradição europeia, de caráter etnográfico e histórico. No entanto, no Museu das Culturas Indígenas, o protagonismo e as narrativas indígenas são o foco das exposições. O acervo também pode ser composto por itens de produção indígena que ingressam ou são feitos no Museu, e que podem apresentar diferentes regimes de materialidade, sendo guardados de forma específica e compartilhados seguindo diferentes formatos. Esses termos serão discutidos ao longo deste ano pelo Centro de Pesquisa e Referência com o Conselho Aty Mirim, para a formulação de uma política de acervos para o Museu das Culturas Indígenas.

3- “Porque não tem artesanato à venda no museu?”: Sabemos que a produção e a venda de artesanato é de importância central para as culturas indígenas. Também é uma forma de aproximação entre o público e os artistas. O Conselho Indígena Aty Mirim irá realizar um cadastramento de artesãos, que em breve irão expor seus trabalhos no museu.

4- “Índios e Tribos”: alguns termos, como “índios” ou “tribos” têm sido questionados por algumas pessoas indígenas, por terem uma carga histórica pejorativa. Em vez disso, prefere-se, por exemplo, o uso de termos como “povos indígenas”, “etnias”, “aldeias” e “comunidades”. Entretanto, nem mesmo entre os povos indígenas existe uma unanimidade com relação a isso. Cada grupo e cada pessoa tem suas próprias referências e valores, e a missão do MCI é permitir a coexistência de todas sem que ninguém se sinta desrespeitado.

5- “Como faço para descobrir a história dos meus antepassados indígenas?”: Muitas pessoas trazem esse questionamento quando visitam o Museu das Culturas Indígenas. Sabemos que a história da colonização do nosso país promoveu diversos extermínios e apagamentos. Por isso, quase todos os brasileiros são descendentes de pessoas indígenas, mas a grande maioria não sabe identificar a origem de seus ancestrais. Na grande maioria dos casos, infelizmente, não teremos uma resposta objetiva para esse tipo de inquietação. No entanto, uma das missões do MCI é promover um maior acesso a essa história da colonização das diversas regiões do país, promovendo debates e criando estratégias para que as informações disponíveis possam ser acessadas por todas as pessoas. A implementação de metodologias que permitam aos visitantes um maior conhecimento nesse sentido é um longo e criterioso processo, que será desenvolvido não apenas pelo NUTRAS, mas, principalmente, pelo Centro de Pesquisa e Referência do MCI.

É um desafio permanente para o NUTRAS elaborar abordagens e programas específicos para trabalhar esses questionamentos.

2. ATIVIDADES DO NÚCLEO DE TRANSFORMAÇÃO E SABERES

A partir de outubro, com a formação da equipe atual, implantamos um protocolo para agendamentos e visitas em grupos. Esse documento tem o intuito de sistematizar e organizar todas as etapas que envolvem a visitação, começando com o processo inicial de contato com as escolas e instituições interessadas, os processos necessários para o agendamento, o recebimento e acolhimento do grupo no museu e a logística de roteiro e mediação.

Num museu, é o setor educativo que se responsabiliza pelas avaliações internas e externas sobre como os diversos públicos estão experimentando a visitação e demais atividades. Como estratégia de avaliação das visitas e do Museu e seu corpo de funcionários como todo, foram elaborados diversos sistemas de avaliação que, quando combinados, oferecem diferentes dados e perspectivas sobre o mesmo.

Para coletar dados de avaliação do público (e também do não-público, ou seja, das pessoas que, por várias razões, ainda não frequentam o MCI) são utilizados dois sistemas de avaliação diferentes. O primeiro é a Pesquisa Solvis, que fica num totem disponibilizado no térreo e estrategicamente posicionado de forma que fique na saída da visita. O segundo método, direcionado para a avaliação das visitas escolares, é uma pesquisa específica para educadores baseada no modelo desenvolvido pela Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM) da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

Além disso, as atividades de cada setor são constantemente avaliadas internamente e através de reuniões entre setores. O NUTRAS realiza reuniões de rotina e com o objetivo de fazer um balanço das atividades e visitas da semana, informar ocorridos, discutir ideias e planejar estratégias para eventos futuros. Além das reuniões, está sendo concebido e desenvolvido um sistema de avaliação contínua que permeia tanto o NUTRAS como os outros setores com ele relacionados.

Programas de Formação

Construir um museu indígena com gestão compartilhada é um desafio que requer esforços constantes de diálogo e compartilhamento de perspectivas entre a equipe interna, e um processo de apresentação e educação do público voltado para nossa proposta de experiência museal.

A prática da formação começa na identificação das demandas de aprendizagem pelos diversos públicos externos, pela equipe interna do MCI e pelas indicações do conselho Aty Mirim. São então organizados momentos de trocas e aprofundamento de saberes através de oficinas, seminários, palestras, debates, rodas de conversa, exibição de filmes, vivências, exposições e performances.

As atividades de formação voltadas para a equipe interna do museu visam à sensibilização quanto a algumas temáticas, as trocas entre membros da equipe que cultivam diferentes saberes e a qualificação técnica. Essa formação beneficia diretamente toda a equipe e, indiretamente, o público do museu, que usufrui da qualificação da equipe. Para o público externo, as atividades de formação objetivam o compartilhamento de informações e saberes entre convidados/as indígenas e o público, além da introdução e aprimoração de conhecimentos.

Alguns temas já identificados como de interesse são: as experiências existentes em museus indígenas e a prática da museologia social adequada aos interesses e formas de fazer indígenas; a ancestralidade e as formas de viver de cada povo; as formas de habitar diferentes territórios, aldeias e cidades; os direitos sociais e as reivindicações dos movimentos indígenas; os saberes, as formas de transmissão de saberes e as redes de compartilhamento de saberes.

Como parte dos objetivos do museu, tem-se o trabalho conjunto com as instituições formais de ensino e corpo docente para a promoção da qualificação do ensino da temática indígena em sala de aula, de acordo com a lei nº 11.645. Como continuação do ciclo formativo, em janeiro foi realizada uma atividade de Formação de Professores com palestras e conversas voltadas à abordagem das temáticas indígenas em escolas, assim como orientações para visitação ao Museu.

Formação de Professores: Temáticas Indígenas na Educação - 28 de janeiro de 2023
Formação de Professores: Temáticas Indígenas na Educação – 28 de janeiro de 2023

Com a consultoria da educadora, artista e pesquisadora Carolina Velasquez, pudemos qualificar o processo de formação da própria equipe do NUTRAS. Após um período de escuta e acompanhamento de rotina, entre outubro e novembro, têm sido feitas sessões voltadas ao preparo da equipe, sobretudo para a mediação. Foram compartilhadas experiências individuais e coletivas e realizadas sessões de orientação. Através de noções sobre arte-educação, a consultora trouxe reflexões e experiências de mediação com o corpo, aterramento, tessituras criativas, estilos de atendimento, mediação pela ação poética, leitura de imagens, dentre outras, desenvolvendo capacidades referentes ao trabalho com o público.

Formação interna com Carolina Velasquez – 27 de janeiro de 2023

Entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023 realizou-se uma atividade formativa que propõe a produção de narrativas audiovisuais sobre o MCI, conduzida pelo premiado cineasta guarani Alberto Álvares. A partir da atividade a equipe entrou em contato com territórios indígenas no Estado de São Paulo e com alguns de seus mestres locais que contribuíram para a construção do museu. Ao total, foram visitados quatro territórios, para além do próprio Museu: Terra Indígena Araribá (Avaí – SP); Terra Indígena Rio Silveira (Bertioga – SP); Terra Indígena Piaçaguera (Peruíbe – SP) e Terra Indígena Jaraguá (São Paulo – SP). Os vídeos produzidos serão compartilhados com o público presencial e virtual, e foram montados de forma a permitir uma continuidade a partir de atividades futuras a serem realizadas cada vez com mais comunidades indígenas envolvidas com o museu.

Gravação com Ubiratã Jorge de Souza Gomes, Alberto Álvares e equipe do MCI na Tekoá Pakowaty

Programação de Férias

No mês de janeiro, o Museu das Culturas Indígenas promoveu diversas atividades voltadas tanto aos públicos escolares e intergeracionais, incluindo grupos familiares, com a intenção de proporcionar atividades educativas, lúdicas, formativas e culturais durante o período de férias escolares.

Com o intuito de acolher o público escolar, foi realizada uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação para que o Museu das Culturas Indígenas fizesse parte do Recreio nas Férias. Esse é um projeto que prevê atividades de esporte, lazer, recreação e arte durante o período das férias escolares, sendo algumas delas realizadas em conjunto com instituições de cultura. Durante o mês de janeiro, o Museu das Culturas Indígenas recebeu 18 escolas em 11 dias, dentre elas três Centros de Educação e Cultura Indígena: CECI Jaraguá, CECI Krukutu e CECI Tenondé-Porã. A vinda dos CECIs foi muito importante para que o MCI pudesse concretizar sua proposta de ser um museu das comunidades indígenas e para as comunidades indígenas e para que a juventude indígena de São Paulo pudesse exercer seu direito de acesso à cultura em um local no qual pudessem se identificar e reconhecer.

Visita da CECI Jaraguá – dia 20 de janeiro de 2023

Para o público intergeracional, o NUTRAS realizou o Férias na TAVA, com uma série de propostas lúdicas e educativas tais como brincadeiras indígenas, artesanato, dança, música, arco e flecha, zarabatana, grafismos e contação de histórias. Como objetivo, o Férias na TAVA pretendeu promover atividades culturais nas quais diferentes faixas etárias pudessem participar e interagir entre si.

Evento Férias na Tava: Oficinas com mestres de saberes – 28 de janeiro de 2023

3. PROGRAMA EDUCATIVO

Todas essas experiências e reflexões fazem parte da construção de um programa educativo, que traz um conjunto de referências e diretrizes em constante reconstrução. Segundo a Política Nacional de Educação Museal (PNEM), o Programa Educativo compõe o Plano Museológico e estabelece:

  • a missão educativa do museu;
  • as nossas referências teóricas e conceituais;
  • diagnósticos;
  • descrição dos projetos e plano de trabalho;
  • o registro, a sistematização e a avaliação permanente das atividades;
  • a formação continuada dos profissionais do museu.

No caso do Museu das Culturas Indígenas, por conta da união do educativo com a formação, o Programa Educativo está voltado também para as atividades do setor de formação, que tem como foco central a transmissão de saberes entre as comunidades indígenas e a sociedade em geral.

A partir desse processo de elaboração conjunta e colaborativa, alguns desafios conceituais se apresentaram, tais como a definição de categorias de público (estudantil, idoso, família, entre outros). Alguns desses conceitos e demandas provêm da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM) da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, que prevê a criação de programas e atividades específicos para cada um desses públicos nos museus de acordo com as necessidades e interesses de cada um. No entanto, as categorias de público são repensadas e readequadas de acordo com as discussões internas desenvolvidas pelo NUTRAS considerando alguns preceitos indígenas. No momento, como fruto dessa discussão, categorias como as de “família” e “público idoso” foram adequadas para “experiências intergeracionais” no intuito de melhor corresponder às experiências e vivências nas aldeias e comunidades indígenas.

Espera-se que a partir de 2023 o Conselho Aty Mirim atue no MCI através de comitês específicos para cada área, compondo Grupos de Trabalho com a equipe técnica que se articularão entre si. A partir das discussões no âmbito de cada GT o Museu das Culturas Indígenas desenvolverá, criteriosamente, um processo de amadurecimento de diretrizes, valores e concepções que aproximem seu funcionamento das referências trazidas pelas comunidades indígenas. Isso será fundamental para requalificar algumas categorias estruturantes de cada programa.

É fundamental garantir o acesso qualificado a todos os tipos de público, conforme a missão transformadora proposta pelo MCI. Os públicos agendados já se organizam em grupos específicos. Resta pensar de que modo o Museu das Culturas Indígenas pode transformar também alguns padrões de segmentação da sociedade. Para as culturas indígenas é fundamental que diferentes pessoas estejam convivendo, até mesmo para que o aprendizado das crianças seja mais rico.

A elaboração do programa educativo tem sido feita por toda a equipe do NUTRAS. Como todas as atividades desenvolvidas pelo Museu, a escrita do programa tem como preceito a participação ativa dos indígenas e busca também basear e incorporar os preceitos e conceitos-chave relativos à educação indígena. Para que esse trabalho colaborativo seja possível, o NUTRAS tem feito ciclos de escuta com os mestres de saberes para que sejam alinhados os conceitos e a estruturação do documento.

Referência:

Instituto Brasileiro de Museus. Caderno da Política Nacional de Educação Museal. Brasília, DF: IBRAM, 2018. 132p. : il. ; 21×28 cm.

_. Política Nacional de Educação Museal – PNEM. Brasília, DF, 2013. Disponível em: https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2017/06/Documento-Final- PNEM1.pdf Acesso em 02 jan. 2023.

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