PROGRAMAÇÃO
Inscrições de 21 a 28 de setembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro).
Considerando que “acessibilidade” diz respeito à condição para a transposição das barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social; que “inclusão social” é o conjunto de ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pelas diferenças de classe, educação, idade, deficiência, gênero, orientação sexual, religião, etnia/raça, entre outras; e que “inclusão sociopolítica dos povos originários” pressupõe diálogo e conhecimento dos obstáculos que prejudicam o exercício pleno da cidadania, a fim de se efetivar direitos e garantias individuais e coletivas, respeitando sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições; é possível compreender que os povos indígenas sempre estiveram à margem dos padrões culturais brasileiros, pela intolerância e discriminação.
Partindo dessas premissas, fica a questão: de que maneira é possível criar situações coletivas interculturais a fim de mitigar esses desafios e assegurar equidade e legitimidade, proporcionando a valorização sociocultural, representatividade e pluralidade de vozes indígenas?
Para sugerir respostas a este questionamento e discutir o acesso de pessoas indígenas ao Ensino Superior e consequente profissionalização e encaminhamento ao mercado de trabalho, a conversa pretende descolonizar imaginários, analisando a presença das populações originárias no Brasil e a forma com que foram retratadas ao longo da história brasileira, contextualizando acerca das questões que envolvem resistência indígena em diferentes momentos. Participam Emerson Guarani (Mestre em Antropologia Social, que trata sobre questões relacionadas ao direito indígena e educação) e Alex Potiguara (membro da Coordenação Ampliada do Programa Pindorama e desenvolvedor de projetos relacionados ao uso de tecnologias digitais pelos povos indígenas), com mediação de Edcarlos (Carlinhos) Pankararu (Assistente Social e liderança do Real Parque, na Zona Sul de São Paulo).
Emerson Souza Guarani
Doutorando e Mestre em Antropologia Social, pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP); Bacharel em Ciências Sociais, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Guarani, Professor Titular de Sociologia da Rede Estadual de Educação de São Paulo. É pesquisador do Centro de Estudos Ameríndios (CEstA-USP). Desde 2010, atua na formação de Professores da Rede Pública de São Paulo e Grande São Paulo, frente à implementação da Lei 11.645/08. A pesquisa “Povos Indígenas na Metrópole: Movimento, Universidade e Invisibilidade na maior Cidade da América”, destaca a presença indígena nas grandes cidades, em especial na Cidade de São Paulo. Assessor para o Currículo Indígena 2021-2023, na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Faz parte de uma nova geração de Cientistas Sociais, com sua Antropologia vindo de encontro com uma nova descrição que inverte os papéis durante o processo de pesquisa, transformando os grupos indígenas, dentro da Antropologia, Sociologia e Psicologia, de objeto de pesquisa em sujeitos do conhecimento.
Alex Potiguara
Doutor e Mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Possui mais de 13 anos de experiência na construção e execução de projetos educacionais nos formatos presenciais e digitais, como designer instrucional. Entre os diversos projetos em que atua, destaca-se o “INDIGENIA: IA generativa para futuros indígenas e o ‘Bem Viver Digital’”, coordenado pela Prof. Dra. Thea Pitman, da Universidade de Leeds (UK), em parceria com a ONG Thydêwá, sob a direção de Sebastian Gerlic, e com o apoio do Digital Good Network, além da participação de outros parceiros nacionais e internacionais. É membro da Coordenação Ampliada do Programa Pindorama, da PUC-SP, e vem desenvolvendo projetos relacionados ao uso de tecnologias digitais pelos povos indígenas, além de projetos diretamente relacionados à pesquisa e ação para a transformação social como o projeto “Para Além da Amazônia”, que recebeu apoio do Instituto Serra Pilheira.
Edcarlos Pereira do Nascimento
Conhecido como Carlinhos Pankararu, nasceu na Aldeia Indígena Pankararu de Brejo dos Padres (Tacaratu – PE). Graduado em Serviço Social, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na primeira turma do Programa Pindorama, em 2002, é militante e articulador na Associação SOS Comunidade Indígena Pankararu, no Real Parque, Zona Sul de São Paulo, onde reside há 42 anos. Desde 2014, também coordena o processo de inclusão de alunos indígenas ou em vulnerabilidade social no Cursinho da Poli.
Primavera dos Museus
Realizada desde 2007, é uma temporada cultural coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que acontece anualmente no início da estação homônima, buscando estimular a participação do público nas atividades promovidas pelos museus e criando espaços de reflexão e diálogo sobre temas relevantes da sociedade contemporânea. Seus principais objetivos são:
- promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros;
- aumentar o público visitante; e
- intensificar a relação dos museus com a sociedade.
A cada ano, um tema diferente é lançado para nortear as atividades dos museus; em 2024, em sua 18ª edição, com realização entre os dias 23 e 29 de setembro, definiu-se por “Museus, Acessibilidade e Inclusão”, lançando luz sobre o papel dos museus na promoção do acesso a todos os seus públicos, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou cognitivas.
Todas as edições:
1ª | Meio Ambiente, Memória e Vida (2007)
2ª | Museus e o Diálogo Intercultural (2008)
3ª | Museus e Direitos Humanos (2009)
4ª | Museus e redes sociais (2010)
5ª | Museus, mulheres e memórias (2011)
6ª | A função social dos museus (2012)
7ª | Museus, memória e cultura afro-brasileira (2013)
8ª | Museus criativos (2014)
9ª | Museus e memórias indígenas (2015)
10ª | Museus, memórias e economia da cultura (2016)
11ª | Museus e suas memórias (2017)
12ª | Celebrando a Educação em Museus (2018)
13ª | Museus por Dentro por Dentro dos Museus (2019)
14ª | Mundo Digital: Museus em transformação (2020)
15ª | Museus: perdas e recomeços (2021)
16ª | Independências e museus: outros 200, outras histórias (2022)
17ª | Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas (2023)
18ª | Museus, Acessibilidade e Inclusão (2024)
Observações:
- as inscrições serão realizadas de 21 a 28 de setembro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
- ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
- com exceção de crianças de colo, com até 24 meses incompletos, todas as pessoas necessitam de ingresso, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
- para sua comodidade, aconselhamos chegar com antecedência de 30 minutos do horário da atividade;
- a entrada de crianças com até 11 anos só é permitida se acompanhada de uma pessoa responsável maior de 18 anos, que deverá estar sempre presente;
- é proibida a circulação com bolsas grandes, mochilas ou sacolas nas áreas internas do Museu (3º ao 7º andar). Disponibilizamos guarda-volumes na Recepção, no térreo, com acesso limitado. Bolsas de amamentação ou bolsas com medicação são exceções permitidas.