Dia Internacional da Mulher Indígena
Local:
Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo/SP)
Data:
05/09/2023, das 16h às 18h
Entrada:
gratuita, mediante inscrição prévia
Vagas:
40 vagas
Informações:
contato@museudasculturasindigenas.org.br
O Dia Internacional da Mulher Indígena, instituído em 1983, durante o II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tiauanaco (Bolívia), teve sua data escolhida em memória à Bartolina Sisa, mulher Aimará que foi executada em 5 de setembro de 1782 durante a rebelião indígena anticolonial de Túpac Katari. Bartolina se destacou pela valentia frente às tropas espanholas que tentavam invadir o território dos povos originários do Alto Peru, hoje região de La Paz.
No Brasil, a despeito de estarem muitas vezes esquecidas nos debates sobre gênero e serem grandes vítimas de violação de direitos, mulheres indígenas são cada vez mais atuantes na defesa do direito à terra, proteção do meio ambiente, educação, saúde e cidadania. São firmes no desejo de manter a cultura, tradições e espiritualidade das suas etnias e ocupam os mais diversos espaços da sociedade.
Nesse dia, o MCI convida Ivanildes Kerexu (liderança da Aldeia Guarani Rio Bonito) e Jandira Para Mirim (liderança da Terra Indígena do Jaraguá), que unem as resistências ancestrais de seus povos, para uma conversa em que serão abordadas histórias de Jandira, cacique do grupo Guarani Mbya, aldeia do Jaraguá, em São Paulo (SP), e Keretxu Mirim (Aurora), liderança político-religiosa e conselheira Guarani Mbya da aldeia Boa Esperança, em Aracruz (ES), importantes figuras femininas indígenas, que, assim como Bartolina, lutaram contra a invisibilidade e celebraram as conquistas de suas irmãs.
A atividade também contará com a exibição de trechos do curta-metragem Guaranis do Espírito Santo (Brasil, 1979, 40 min.), com pesquisa de Lilia Valle e direção de Andrea Tonacci.
Guaranis do Espírito Santo
Brasil, 1979, 40 min.
Este documentário se dedica a narrar as histórias das caminhadas e a destacar a relevância das kunhangue para a manutenção dos modos de vida dos Mbya Guarani, realidade esta marcada por conflitos devido a pressão contínua que incide sobre seus territórios tradicionais. Esta perspectiva foi capturada por meio do relato da xejay’i Tatatī, durante entrevista conduzida pela antropóloga Maria Inês Ladeira na década de 1970. As conversas aconteceram na aldeia Nova Guarani, localizada no estado do Espírito Santo.
Direção: Andrea Tonacci
Pesquisa: Lilia Valle