Contação de Histórias MCI: Histórias Assustadoras Indígenas – 2ª Edição
Local:
MCI | Pátio
Data:
30/10/2025, das 19h às 20h
Entrada:
gratuita, sem inscrição
Informações:
(11) 3873-1541
Classificação:
Livre
Fantasmas, duendes, bruxas e outros seres assustadores estão presentes na comemoração do “Halloween”, muito comum em países fora do Brasil.
Para trazer brasilidade e identidade para essa celebração, o MCI convida o público para uma contação de histórias “aterrorizantes” indígenas, cheias de entidades sobrenaturais regionais ligadas, principalmente à proteção das matas e florestas, por influência ancestral dos povos que aqui sempre habitaram.
A atividade é uma oportunidade para transformar a noção de lenda, já que na perspectiva dos povos indígenas esses elementos cumprem papel social na cultura a que pertencem e são indissociáveis da realidade em que vivem.
Na edição deste ano (a primeira foi em 2024, com Sonia Ara Mirim e Natalicio Karai), em uma roda em volta de fogueira, Maria Lídia e José Pankararu trarão contos envoltos em mistérios, com seres fantásticos, visões, estranhezas e outras criaturas.
Sobre Maria Lídia Pankararu
Conhecida como Tia Lídia. Nasceu na Aldeia Brejo dos Padres – Terra Indígena Pankararu (Pernambuco). Atualmente, vive em contexto urbano na comunidade do Real Parque, em São Paulo, onde persiste a maior concentração de famílias indígenas da etnia Pankararu. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) do mesmo bairro, atua como Agente Indígena de Saúde (AIS), integrando seus conhecimentos como curandeira, junto com outras lideranças espirituais, para realizar práticas de fortalecimento e de cura. Integra a Tesouraria da Associação SOS Comunidade Indígena Pankararu, além de participar de palestras e rodas de conversa sobre sua trajetória como xamã indígena. Também é a principal cantadora de cânticos ritualísticos de seu povo, o Toré (um ritual que une a música, dança, religião e luta).

Sobre José Pankararu
Conselheiro e integrante do grupo de apresentações culturais da Associação SOS Comunidade Indígena Pankararu. Participa de palestras e rodas de conversa, realiza práticas de fortalecimento e cura, sempre voltadas à preservação da espiritualidade e da cultura indígena. Nascido na aldeia Pankararu, em Brejo dos Padres (PE); atualmente, vive no bairro do Real Parque, em São Paulo.

Sobre o Povo Pankararu
Povo originário da Caatinga (único bioma exclusivamente brasileiro), no semiárido, tem sua terra, homologada em 1987, localizada entre os atuais municípios de Petrolândia, Itaparica e Tacaratu, no sertão pernambucano, próximo ao rio São Francisco; área habitada continuamente a cerca de 7 mil anos. Como outros povos vizinhos, sofreu grandes ataques na expansão do colonialismo português desde o século XVI, perda dos seus territórios, liberdade e língua. Com a crescente demanda por reconhecimento a partir do século XX, torna-se um dos primeiros povos do Nordeste a ter reconhecida sua existência e território demarcado. Hoje, com três núcleos populacionais diferentes, no território original em Brejo dos Padres (PE); na Aldeia Cinta Vermelha Jundiba (Araçuaí – MG), junto ao povo Pataxó, no Médio Jequitinhonha; e na maior metrópole do país, São Paulo (Comunidade Indígena Pankararu do Real Parque), são um exemplo da pluralidade e diversidade dos povos indígenas brasileiros, tal como sua complexa identidade socioterritorial.
Sobre o Programa de Contação de Histórias MCI
Criado em 2024, é um programa mensal para crianças e suas famílias com foco nos saberes dos povos originários e na possibilidade de experiências de interação e compreensão da diferença. Promove a valorização da pluralidade de vozes e vivências, a partir do compartilhamento de narrativas sobre os modos de viver, estar e cuidar do mundo pela perspectiva de diferentes povos indígenas.
Em seu primeiro ano de realização, Lilly Baniwa, Luã Apyká, Natan Kuparaka, Dario Machado, Gerolino Cézar e Ranulfo Camilo, Kuenan Tikuna, Djagwa Ka’agwy Kara’i Tukumbó, Cristino Wapichana, Énh xym Akroá Gamella, Coletivo Kanewí (Júlia Maynã e Awassury Fulkaxó), Sônia Ara Mirim e Natalício Karaí de Souza, Tserenhõ’õ Tseredzawê e Xipu Puri e Abi Poty trouxeram suas histórias.nte mais comumente usado como cuia de chimarrão e, também, como instrumento musical, recipiente para líquidos e nas “maracas”.
Observações:
- atividade presencial e gratuita, sem necessidade de inscrição.