Contação de Histórias MCI: histórias diaspóricas de uma família Kaimbé, com Elzeni Kaimbé
Local:
MCI | 7º andar
Data:
15/02/2025, das 11h às 12h
Entrada:
gratuita, mediante inscrição
Vagas:
30 (trinta)
Informações:
(11) 3873-1541 ou contato@museudasculturasindigenas.org.br
Classificação:
Livre
As inscrições serão realizadas de 8 a 15 de fevereiro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro).
No dia de realização da atividade, serão disponibilizados ingressos presenciais na bilheteria, a fim de preencher eventuais vagas de quem se inscrever previamente e não comparecer.
A partir de suas vivências, Elzeni Kaimbé contará alguns dos aspectos da diáspora do povo Kaimbé; etnia originária do Nordeste, que passou a construir sua morada nas margens da cidade de São Paulo em uma trajetória de despovoamento e repovoamento.
Neste encontro, o público conhecerá narrativas da dispersão do território original, o processo migratório, a adaptação na capital do estado mais rico do Brasil.
Serão apresentados fotos e vídeos sobre a importância e a força dos cantos e das danças e depoimentos de familiares, que abordam pontos que contribuíram e contribuem para a resiliência do povo durante a jornada e para a respectiva manutenção das tradições na nova morada.
Sobre Elzeni Kaimbé
Indígena da etnia Kaimbé em retomada (lado materno da família), é nascida e criada em contexto urbano, no município de São Paulo. A aproximação e conexão com seu povo se deram a partir das memórias ancestrais de Augusta Kaimbé (avó), das pesquisas e estudos iniciados por Vanuzia Kaimbé (tia) e dos trabalhos de reconhecimento da Aldeia Multiétnica Filhos desta Terra (Guarulhos – SP), em que seus primos Alex e Silvia Kaimbé participaram. É graduanda em Administração, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), fazendo parte do Programa Pindorama, projeto pioneiro no ensino universitário paulistano, que prevê a inclusão de indígenas no Ensino Superior. Atualmente, integra a equipe do Núcleo de Exposições e Programação Cultural do Museu das Culturas Indígenas (NEPC-MCI).
Sobre o Povo Kaimbé
Vivem no estado da Bahia, na Terra Indígena Massacará, no município de Euclides da Cunha e ocupam imemorialmente uma área de terra do sertão baiano, precisamente entre as bacias do rio Itapicuru e do Vaza Barris. Tendo por centro de seu território a Igreja da Santíssima Trindade de Massacará, fundada por missionários jesuítas em 1639, foram vítimas de usurpação de suas melhores terras pelos fazendeiros regionais, que também exploraram-lhes como mão-de-obra semi-escrava por um longo período. No final do séc. XIX, o governo provincial, objetivando liberar as terras que lhes pertenciam à exploração dos grandes fazendeiros, extinguiu a “Missão dos índios de Massacará”.
Sobre o Programa de Contação de Histórias MCI
Criado em 2024, é um programa mensal para crianças e suas famílias com foco nos saberes dos povos originários e na possibilidade de experiências de interação e compreensão da diferença. Promove a valorização da pluralidade de vozes e vivências, a partir do compartilhamento de narrativas sobre os modos de viver, estar e cuidar do mundo pela perspectiva de diferentes povos indígenas.
Em seu primeiro ano de realização, Lilly Baniwa, Luã Apyká, Natan Kuparaka, Dario Machado, Gerolino Cézar e Ranulfo Camilo, Kuenan Tikuna, Djagwa Ka’agwy Kara’i Tukumbó, Cristino Wapichana, Énh xym Akroá Gamella, Coletivo Kanewí (Júlia Maynã e Awassury Fulkaxó), Sônia Ara Mirim e Natalício Karaí de Souza, Tserenhõ’õ Tseredzawê e Xipu Puri e Abi Poty trouxeram suas histórias.
Acompanhe o calendário deste ano: 15 de março, 12 de abril, 17 de maio, 21 de junho, 19 de julho, 16 de agosto, 20 de setembro, 30 de outubro, 15 de novembro e 20 de dezembro.
Observações:
- as inscrições serão realizadas de 8 a 15 de fevereiro ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
- ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
- com exceção de crianças de colo, com até 24 meses incompletos, todas as pessoas necessitam de ingresso, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
- para sua comodidade, aconselhamos chegar com antecedência de 30 minutos do horário da atividade;
- a entrada de crianças com até 11 anos só é permitida se acompanhada de uma pessoa responsável maior de 18 anos, que deverá estar sempre presente;
- é proibida a circulação com bolsas grandes, mochilas ou sacolas nas áreas internas do Museu (3º ao 7º andar). Disponibilizamos guarda-volumes na Recepção, no térreo, com acesso limitado. Bolsas de amamentação ou bolsas com medicação são exceções permitidas.