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Dia das Crianças no MCI: Toré, o “Som Sagrado”

Local:

MCI | Pátio

Data:

12/10/2025, das 14h às 14h45

Entrada:

gratuita

Informações:

(11) 3873-1541

Classificação:

Livre

Com o uso das “maracas” confeccionadas na oficina realizada na parte da manhã, Cacique Yradzú (Kariri-Xocó), acompanhado de sua esposa Yarubuyê, conduzirá junto ao público uma vivência em uma “Roda de Toré”. Trata-se de um ritual cultural e religioso praticado por diversos povos indígenas do Nordeste brasileiro, incluindo, entre outros, os Kariri-Xocó, Pankararé, Pankararu e Xukuru-Kariri, de maneira que cada comunidade tenha suas próprias variações de ritmos, toadas e expressões. É uma dança circular, com cantos e música, e símbolo importante de identidade, tradição e de conexão com a cosmovisão e espiritualidade, envolvendo a invocação de entidades, como os “Encantados”. “To”, significa “som”; e “Ré”, “sagrado”.

Para os Kariri-Xocó, povo de cultura musical, o Toré é sua representatividade maior, que expressa acontecimentos históricos e culturais, apresentando em forma de arte os fenômenos naturais do Universo. Na música, a “maraca” é tocada de acordo com as batidas do coração, respeitando e seguindo o ritmo da vida; quem a carrega, tem o “Planeta Terra nas mãos”, simbolizado pelo coité (do termo Tupi “kuya e’tê”, que significa “cuia verdadeira”) – chacoalhar esse instrumento, é o mesmo que movimentar o mundo, trazendo o dia, a noite ou mudar as estações – Primavera, Verão, Outono e Inverno. Nos movimentos circulares da dança, há a representação das órbitas da Lua, da Terra e do Sol, e, também, a aldeia, a maloca, o círculo da vida.

Sobre Cacique Yradzú
Da Aldeia Porto Real do Colégio (Alagoas), é representante e liderança da etnia Kariri-Xocó e mestre de cantos e danças. Integra o Grupo Dzu Kariri-Xocó e o Conselho Municipal dos Povos Indígenas de São Paulo (COMPISP). Atua como palestrante; condutor de cerimônias medicinais, curso xamânico, rodas de cura e de vivências de cantos e danças tradicionais; rezador; benzedor; contador de histórias e oficineiro de artes manuais, grafismos e instrumentos musicais de seu povo.

Sobre o Povo Kariri-Xocó
A denominação foi adotada como consequência da mais recente fusão, ocorrida há cerca de 100 anos, entre os Kariri, de Porto Real de Colégio, e parte dos Xocó, da ilha fluvial sergipana de São Pedro, que uniram-se aos Kariri da outra margem do rio quando tiveram suas terras aforadas e invadidas pela política fundiária do Império, com a extinção de suas aldeias. Kariri (ou Kirirí), por outro lado, é um nome recorrente no Nordeste e evoca uma grande nação que teria ocupado boa parte do território dos atuais estados nordestinos, da Bahia ao Maranhão. Os Kariri-Xocó estão localizados na região do baixo São Francisco, no município alagoano de Porto Real do Colégio, em frente à cidade sergipana de Propriá; as duas cidades estão ligadas pela ponte que serve de eixo entre a região Sul e o Nordeste brasileiro, como parte da BR-101.

Observações:

  • atividade presencial e gratuita, sem necessidade de inscrição.

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