Conversa sobre a experiência coletiva feminina do Keneya Xarabu | Coletivo de Mulheres Huni Kuin

Na cosmologia Huni Kuin, há um momento em que o povo faz aliança com um jacaré gigante para conseguir atravessar para o outro lado do rio, como uma ponte. Partindo desse princípio, as mulheres que integram o Keneya Xarabu (leia-se kânâiá xarabú) querem criar essa conexão entre as duas culturas (Huni Kuin e não-indígena). Ampliando visões de mundo, potencializando conhecimentos, divulgando seus artesanatos, cantos e tradições, as mulheres do Coletivo percebem ainda mais como sua cultura é valiosa.

Representantes do Coletivo vêm ao Museu das Culturas Indígenas (MCI) para conversar com o público sobre a experiência coletiva em torno das mulheres, a formação do Keneya Xarabu e o caminho experienciado até aqui, a expansão da participação para aldeias vizinhas, a articulação em rede, o aprendizado e a colaboração mútua.

Fundado em 2022 por um pequeno grupo de mulheres artesãs da Aldeia Espelho da Vida, tem o objetivo de desenvolver o empreendedorismo socioambiental, incentivar e fortalecer a cultura, a arte, promover a geração de renda, autonomia, conhecimento, empoderamento e sustentabilidade financeira das mulheres Huni Kuin do Rio Humaitá, município de Feijó (Acre).

O alvo das flechas do Coletivo Keneya Xarabu é o impulsionamento do empreendedorismo das mulheres Huni Kuin, valorizando suas habilidades artesanais e promovendo a comercialização de produtos, enfatizando a importância da preservação cultural e do respeito ao meio ambiente, integrando práticas sustentáveis nas atividades.

Parte das arrecadações com as vendas de artesanatos e apresentações culturais realizadas pelas mulheres do Coletivo ajudarão na construção da Casa de Artes na Aldeia Espelho da Vida, que funcionará como sede institucional do Keneya Xarabu e será utilizada para a realização de oficinas, cursos e treinamentos, abrangendo áreas como liderança, gestão de projetos, comunicação, educação financeira e direitos humanos e indígenas, capacitando mulheres indígenas, fortalecendo suas habilidades e promovendo sua autonomia, individualmente e coletivamente. Além disso, a Casa de Artes também fortalecerá a cultura enraizada no coletivo, valorizando práticas espirituais, rituais e conhecimentos tradicionais que são preservados e transmitidos de geração em geração, sendo oportunidades para reforçar a identidade cultural e fortalecer os laços comunitários.

Observações:

• a inscrição pelo Sympla permanece disponível até às 17h do dia anterior à atividade ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
• ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante” preencha o nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
• com exceção de crianças de colo, com até 24 meses incompletos, todas as pessoas necessitam de ingresso, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
• para sua comodidade, aconselhamos chegar com antecedência de 30 minutos do horário da atividade;
• a entrada de crianças com até 11 anos só é permitida se acompanhada de uma pessoa responsável maior de 18 anos, que deverá estar sempre presente;
• é proibida a circulação com bolsas grandes, mochilas ou sacolas nas áreas internas do Museu (3º ao 7º andar). Disponibilizamos guarda-volumes na Recepção, no térreo, com acesso limitado. Bolsas de amamentação ou bolsas com medicação são exceções permitidas.