Xondaro e Tangará | Danças dos Guerreiros e das Guerreiras
Local:
Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca)
Data:
31/08/2024, das 15h às 16h
Entrada:
participação livre e gratuita, sem inscrição
Informações:
(11) 3873-1541 ou contato@museudasculturasindigenas.org.br
Classificação:
Livre
Participação livre e gratuita, sem necessidade de inscrição.
As danças-rituais são manifestações culturais indissociáveis do modo de ser Guarani, que garantem a continuidade das tradições. Essas expressões, assim como suas pinturas, instrumentos, cantos e rezas, fortalecem os laços ancestrais que deram origem a toda riqueza mítica do povo, preservando seus meios de vida e costumes.
Dançadas em grupos, o Xondaro é o ritual que prepara os guerreiros da cultura Guarani para o auxílio dos caciques e pajés, em que meninos e homens dançam ao som de um ritmo típico, pedindo a proteção e a inspiração de Nhanderu, sua maior divindade; o Tangará, por sua vez, tendo o mesmo valor sagrado, prepara meninas e moças como futuras guardiãs das tradições Guarani, com movimentos inspirados nos pássaros, que representam alegria, liberdade, reflexão e a ligação da alma feminina com o universo.
Neste dia, Juscelino Peralta, reúne representantes das aldeias do Vale do Ribeira para que apresentem o Xondaro e o Tangará no Museu das Culturas Indígenas. Estarão presentes guerreiros e guardiãs das aldeias Guaviraty, que fica entre Cananéia e Iguape; Itapu Mirim, localizada em Registro; Itapuã, Jejy-ty, Ka´aguy Poty e Takua Ty, de Iguape; e Ka´aguy Mirim, entre Miracatu e Pedro de Toledo.
Juscelino Peralta
Guarani Mbya, nascido na Aldeia Boa Vista (Ubatuba – SP), hoje é uma das lideranças na Aldeia Itapu Mirim (Registro – SP). É educador e integrante do Conselho Indígena Aty Mirim, instância em que se constroem mecanismos de escuta, consulta e formulação da agenda propositiva de trabalho do MCI, comprometida com os direitos dos povos indígenas.
Vale do Ribeira
Localizado entre o sul do estado de São Paulo e leste do Paraná, a presença Guarani nessa região é milenar. Por causa da invasão europeia, foram expulsos da costa e viram-se obrigados cada vez mais a refugiar-se em regiões interioranas em busca da sobrevivência, sem desistir de lutar pelo reconhecimento de territórios ancestrais no Vale e em outros locais do país com mais florestas, próximos ao oceano – regiões que consideram mais perto de Nhanderu (Deus) e Yvy Marãe’y (terra sem males). Existem 25 aldeias Guarani, formadas pelos subgrupos Mbya, Avá Guarani e Nhandeva; são elas: Guaviraty, Mbotuy, Pakurity, Takuarity, Araça Mirim, Pindoty e Tapy’i (Cananéia); Takuari (Eldorado); Guaviraty, Itaoka, Itaguá, Itape, Itapuã, Jejyty, Sambaqui e Paraíso (Iguape); Capoeirão e Rio do Azeite (Itariri); Amba Porã, Djaiko-aty, Uruity e Djaiko-aty (Miracatu); Uruity (Pedro de Toledo); Itapu Mirim (Registro); e Peguaoty (Sete Barras).
Observações:
- para sua comodidade, aconselhamos chegar com antecedência de 30 minutos do horário da atividade;
- a entrada de crianças com até 11 anos só é permitida se acompanhada de uma pessoa responsável maior de 18 anos, que deverá estar sempre presente;
- é proibida a circulação com bolsas grandes, mochilas ou sacolas nas áreas internas do Museu (3º ao 7º andar). Disponibilizamos guarda-volumes na Recepção, no térreo, com acesso limitado. Bolsas de amamentação ou bolsas com medicação são exceções permitidas.