Vivência do Toré com Comunidade Indígena Pankararu do Real Parque
Local:
Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo/SP)
Data:
17/09/2023, das 15h às 17h
Entrada:
gratuita
Informações:
contato@museudasculturasindigenas.org.br
Para encerrar a estada do manto Assojaba Tupinambá, tecido por Glicéria, o Museu das Culturas Indígenas convida a Comunidade Indígena Pankararu do Real Parque, Zona Sul de São Paulo, para uma vivência do Toré com a finalidade de promover a visibilidade da cultura indígena em contextos urbanos e de resistência em seus territórios.
O Toré é uma manifestação cultural de grande importância para várias etnias indígenas do Nordeste, como os Pankararu, Pankararé, Kariri-Xocó, Xukuru-Kariri, Potiguara, Geripancó e Fulni-ô. Trata-se de uma manifestação de grande importância, envolvendo tradição, música, religiosidade e brincadeira, desempenhando um papel fundamental na preservação das identidades e das práticas culturais de cada povo.
A cerimônia do Toré inclui, ainda, uma dança circular, na qual os participantes formam filas ou pares, enquanto cantam e tocam instrumentos como maracás, zabumbas e gaitas. Cada povo, etnia ou comunidade possui sua própria versão de forma muito singular, apresentando variações de toadas, ritmos e expressões, que são atualizadas durante a cerimônia, contribuindo para a riqueza e diversidade cultural das comunidades indígenas.
Um aspecto muito significativo do ritual é o chamado aos Encantados, entidades espirituais cuja representação física é o Praiá, veste tradicional confeccionada com croá (arbusto da família das bromélias endêmico da região sertaneja). Tal vestimenta, que também é um ente sagrado como o Manto Tupinambá, é composta por duas partes, a máscara ou casaco, chamado Tanam, e a saia, e seu objetivo é preservar a identidade do dançador, que, ao vesti-la, seguindo os preceitos religiosos, se torna o próprio Encantado.
O Toré desempenha um papel vital na transmissão intergeracional de conhecimentos valores culturais e espirituais nas comunidades indígenas. Além disso, serve como um espaço de celebração, conexão com o sagrado e fortalecimento da identidade cultural das etnias envolvidas. É uma manifestação que demonstra a resistência e a resiliência diante das diversidades históricas.