Pular para o conteúdo principal

Mostra “O Cinema Indígena: do território à tela”.

Local:

Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca - São Paulo/SP)

Data:

13/06/2024, das 18h às 20h

Entrada:

gratuita, mediante inscrição antecipada

Vagas:

40 pessoas

Informações:

(11) 3873-1541 ou contato@museudasculturasindigenas.org.br

Classificação:

Livre

A mostra é resultado prático da disciplina “O Cinema Indígena: do território à tela”, que teve lugar no Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos, da Universidade de São Paulo (DIVERSITAS-USP), ministrada pelos professores Drª. Giselle Gubernikoff, da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP); Dr. Edson Luiz de Oliveira, do DIVERSITAS-USP; e Drª. Ana Lúcia Ferraz, da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O programa da disciplina pretendeu ser uma introdução ao estudo do cinema indígena (obras criadas por indivíduos ou grupos de pessoas indígenas) e suas estéticas e formas de narrativas inovadoras, trazendo novos aspectos para o mundo do cinema. A partir da aproximação com essas vozes nativas, por meio de suas narrativas adaptadas para a tela e com ênfase em questões sobre autenticidade, representação, protocolos e integridade cultural, os alunos foram incentivados a desenvolver projetos audiovisuais em grupos, que reflitam abordagens éticas, ao mesmo tempo em que levam em questão suas próprias identidades, origens e experiências. Trata-se de uma iniciativa pioneira no Brasil em nível de pós-graduação, por seu aspecto teórico e prático, da qual resultaram várias produções audiovisuais.

Neste dia, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) exibe quatro desses documentários produzidos em parcerias com comunidades indígenas selecionados para essa mostra: “Fora do Lugar”, “Hoja Sagrada”, “Kariri-Xocó em São Paulo” e “La K’oa – Agradecimentos para Pachamama”. Após as exibições, teremos um bate-papo com a presença de indígenas que realizaram, atuaram ou performaram para as obras, estudantes, professores e público.

Fora do Lugar
Em história contada por Sonia Ara Mirim e Maria Ara Poty, trata-se de uma jornada visual e sonora que nos leva para dentro da luta dos povos indígenas Guarani do Território do Jaraguá (São Paulo) contra a iminente destruição de suas terras pelas grandes construtoras. A narrativa se desenrola enquanto Ara Mirim percorre os espaços de sua aldeia e entre aldeias, encontrando parentes, chegados, outros seres humanos e não humanos. A trilha sonora é uma composição entre os sons da natureza e vozes das lideranças indígenas, que se entrelaçam com as imagens, criando uma experiência imersiva e impactante. A luta pela preservação do território contra os condomínios de luxo torna-se um símbolo mais amplo da resistência cultural e espiritual dos Guarani. Apresenta-se como instrumento de luta e denúncia dos povos Guarani, em um apelo ao direito de seu território – já demarcado – continuar a existir.
São Paulo, 2023, 15’35”
Gênero: documentário
Direção: Sonia Ara Mirim, Maria Ara Poty, Adriana Alves, Ariane Sousa Campos, Helisa Quinto Ignácio e Patrícia França
Roteiro: Ariane Sousa Campos, Cláudio Laureatti e Patrícia França
Elenco: Sonia Ara Mirim e Maria Ara Poty
Captação: Adriana Alves, Ariane Sousa Campos, Helisa Quinto Ignácio e Patrícia França
Fotografia: Patrícia França e Adriana Alves
Decupagem: Ariane Sousa Campos, João Rodriguez Kyntyno e Kleider Luciano Risso
Pesquisa: Adriana Alves, Ariane Sousa Campos, Claudio Laureatti, Fernanda Sindlinger, Helisa Quinto Ignácio, João Rodriguez Kyntyno, Kleider Luciano Risso e Patrícia França
Edição: Patrícia França
Cor: colorido

Hoja Sagrada
Cesar Chui Quenta, indígena boliviano da cultura Aymara, mora na cidade de São Paulo há muitos anos. Preservar a sabedoria ancestral da leitura da folha de coca nas gerações futuras, já nascidas no centro urbano, é uma de suas preocupações. O filme mostra como ele procede nesse ritual da tradição andina.
São Paulo, 2022, 9’14’’
Gênero: documentário
Direção: Mariana Barreiros e Ismael Eduardo Schwartzberg Arteaga
Roteiro: Mariana Barreiros e Ismael Eduardo Schwartzberg Arteaga
Elenco: Cesar Chui Quenta e Segundo Parra
Edição: Mariana Barreiros
Cor: colorido

Kariri-Xocó em São Paulo
Narra a rotina diária de indígenas da etnia Kariri-Xocó que vivem entre o Nordeste brasileiro e a cidade de São Paulo. Conta com cenas gravadas em suas residências, em visitas à Universidade de São Paulo e em trabalho educativo na Escola Municipal Vereador Antônio Sampaio. Nos relatos apresentados, histórias de como sobrevivem nessa dinâmica na cidade grande oferecendo palestras em escolas e vendendo artesanato, retornando, sazonalmente, para a terra ancestral, no estado de Alagoas, conservando, assim, os vínculos culturais com a aldeia de origem.
São Paulo, 2022, 8’19’’
Gênero: documentário
Roteiro: Jorge Felizardo, Karla Simikova, Marcelo Paiva e Sandra Seabra Moreira
Elenco: Aramis Tenório Santos, Heverton Souza Suíra e Rovesio Tenório Santos
Captação: Jorge Felizardo, Karla Simikova, Marcelo Paiva e Sandra Seabra Moreira
Edição: Cristian Cancino e Mariana Barreiros
Cor: colorido

La K’oa – Agradecimentos para Pachamama
Uma experiência de realidade virtual em que foi registrada, em 360 graus, a instalação artística de mesmo nome realizada por Carolina Velasquez e o Coletivo Cholitas da Babilônia, gravada em São Paulo, na unidade Sesc Avenida Paulista, em 28 de agosto de 2022. A artista de ascendência boliviana conduziu uma série de performances, ações e uma oficina com base no ritual La K’oa, dedicado à cultura andina, com o objetivo de agradecer a natureza pelas colheitas, nossos bens e nossa existência. Ao ser visto no computador ou no aparelho celular, o espectador pode mudar o ponto de vista e percorrer o espaço interativamente.
São Paulo, 2022, 10’18”
Gênero: documentário
Performance: Carolina Velasquez e Coletivo Cholitas da Babilônia
Música: Juan Cusicanki e Grupo Autóctono Waly Wayras
Violoncelo: José Giovani
Captação 360º: Ivan David
Edição: Ivan David
Cor: colorido

Observações:

  • a inscrição pelo Sympla permanece disponível até às 17h do dia anterior à atividade ou esgotamento das vagas (o que acontecer primeiro);
  • ao adquirir mais de um ingresso, no campo “Informação do participante”, preencha com nome e e-mail correspondentes à pessoa que utilizará o ingresso;
  • com exceção de crianças de colo, com até 24 meses incompletos, todas as pessoas necessitam de ingresso, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;
  • para sua comodidade, aconselhamos chegar com antecedência de 30 minutos do horário da atividade;
  • a entrada de crianças com até 11 anos só é permitida se acompanhada de uma pessoa responsável maior de 18 anos, que deverá estar sempre presente;
  • é proibida a circulação com bolsas grandes, mochilas ou sacolas nas áreas internas do Museu (3º ao 7º andar). Disponibilizamos guarda-volumes na Recepção, no térreo, com acesso limitado. Bolsas de amamentação ou bolsas com medicação são exceções permitidas.

BUSCAR

Todos os direitos reservados © Museu das Culturas Indígenas 2023 | Desenvolvido por Inova House 

Integração