Instalação: “Representatividade x Representação: é só uma homenagem?”
Local:
MCI | 7º andar
Data:
01 a 30/03/2025 (de terça a domingo), das 09h às 18h (quinta, até às 20h)
Entrada:
Inteira R$15,00 | Meia R$7,50 | Gratuidade às quintas-feiras (e, também, no dia 08/03/2025, sábado, exclusivamente para mulheres) | Política de gratuidade e meia entrada: www.museudasculturasindigenas.org.br/visite/ingressos-e-gratuidade
Informações:
(11) 3873-1541 ou contato@museudasculturasindigenas.org.br
Classificação:
Livre
“… Minha escola estava tão bonita
Era tudo o que eu queria ver
Em retalhos de cetim
Eu dormi o ano inteiro
E ela jurou desfilar pra mim
Mas chegou o carnaval
E ela não desfilou
Eu chorei na avenida, eu chorei…”
Inspirado por um trecho da canção Retalhos de Cetim, de Benito Di Paula (famosa na voz de Alcione), o MCI apresenta uma nova instalação sobre o Carnaval, a fim de complementar a montagem apresentada em 2024 (“Índio Indígena NÃO é Fantasia!”), que se apropriou de um elemento tipicamente carnavalesco, o estandarte, para conscientizar sobre os limites que se fazem necessários para a festa.
Não é de hoje que algumas escolas de samba, do Rio de Janeiro e São Paulo, trazem em seus enredos a temática indígena, com suas composições se propondo a contar histórias, lutas e até a busca pela defesa dos biomas. Porém, por não consultar ou construir coletivamente com os próprios povos, inúmeras vezes, tudo é folclorizado, sexualizado e se torna uma reprodução de estereótipos a partir de termos inadequados, como “tribo” e “índio”, e a utilização de trajes e gestos que não condizem com a realidade e que desrespeitam o significado cultural e cosmológico das culturas.
Neste ano, a instalação: “Representatividade x Representação: é só uma homenagem?” traz essas memórias de escolas de samba que levaram para os Sambódromos do Anhembi e da Sapucaí as narrativas indígenas. Cabe a essa proposta, no entanto, em tons críticos, conscientizar e endossar que o Carnaval também é luta, o que denota a alegria e o compromisso de indígenas ao participarem dessa festa tão tradicional no país todo, ocupando espaço nessa estrutura social, vislumbrando a possibilidade de parcerias a partir da participação como sujeitos nas concepções de desfiles, na confecção das fantasias, na composição das músicas. Sem chorar por retalhos, com as escolas, tão bonitas, jurando (e cumprindo) desfilarem com e para os povos originários.
FICHA TÉCNICA
Concepção: Luisa Mota e Mateus Marques Tozelli
Pesquisa: Mateus Marques Tozelli
Curadoria e Produção: Clarice Pankararu, Elzeni Kaimbé, Gabryelle Pereira e Mateus Marques Tozelli
Edição Audiovisual: Gabryelle Pereira
Fotografia: Gabryelle Pereira
Textos: Mateus Marques Tozelli
Execução de Expografia: Elzeni Kaimbé, Gabryelle Pereira e Mateus Marques Tozelli
Assistência Geral: Elzeni Kaimbé e Thais Nobrega
Observações:
- a entrada/participação de crianças menores de 12 anos só é permitida se acompanhada de um responsável maior 18 anos de idade;
- para conforto e segurança de todos os participantes, não é permitida a entrada com malas, mochilas, dentre outros tipos de bolsas grandes. Pedimos a gentileza de consultar a disponibilidade e utilizar nosso guarda-volumes, localizado no Térreo/Recepção. Bolsas de amamentação ou com medicação são as únicas exceções permitidas.amamentação ou com medicação são as únicas exceções permitidas..