Hip hop: resistência negra e indígena

Bate-papo sobre hip hop e rap com Souto MC, Oz Guarani, Mano Gogui e mediação de Marcelo Cavanha. O hip hop, gênero musical desenvolvido por afro-americanos nos anos 1970, popularizou-se no Brasil a partir de 1990 e, desde então, é uma ferramenta de expressão para quem vive na periferia. Muito difundido na cultura da juventude negra, o estilo musical também foi apropriado por indígenas, que o utilizam como forma de manifestação das lutas de seus povos. Assim, nesta roda de conversa virtual, traremos convidados que fazem parte dos movimentos para trocarem experiências e histórias, a fim de mostrar como o hip hop é um ponto de encontro para culturas de resistência. O evento será transmitido ao vivo no canal do YouTube do MCI.

Souto MC é rapper brasileira, indígena do povo Kariú Kariri. Sua jornada musical começou em 2008, influenciada pela sonoridade, ritmo e musicalidade do Rap, em Itaquaquecetuba (SP). Na virada de 2010 para 2011, mudou-se para São Paulo, mergulhando no cenário do estilo musical de qual já fazia parte. Em 2014, gravou seu primeiro single ‘Redenção’. Em 2019, lançou seu álbum de estreia ‘Ritual’, abordando a retomada indígena. Participou de projetos como ‘Poetas no Topo 3.3’ e ‘Poetisas no Topo’. Em 2024, lança ‘Flow Marginal’, marcando uma nova fase em sua trajetória artística no rap nacional.

O grupo de rap indígena Oz Guarani é formado por jovens guerreiros Guarani Mbya residentes da Terra Indígena Jaraguá, na cidade de São Paulo. Eles interpretam canções de resistência e de fortalecimento da luta indígena por seus direitos, por meio do Rap e do Hip Hop. Através da música, retratam a luta do seu povo e relatam os problemas que atingem a comunidade, além de narrar o histórico conflito pela demarcação das terras e a resistência indígena.

Mano Gogui é nascido e criado na favela do Jd. Peri na Zona Norte de São Paulo, e iniciou suas atividades no Rap em 2007, no bairro do Lauzane, SP. O Mc tem como formas de se expressar em suas letras situações cotidianas da periferia, apresentando-se de uma forma diferente do gênero Rap tradicional. Tem a mistura do Gangsta/Boombap, Trap, e Drill. Usa em suas composições: o amor, a dor, a paz e a guerra, e nunca não deixando de ser o original também abordando assuntos críticos, sociais e culturais que abrangem todo o povo Brasileiro.

Marcelo Cavanha atualmente está Coordenador do Núcleo de Hip Hop da Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo. Coordenador da Cufa (Central Única das Favelas) Centro. Coordenador político da Rede Antirracista Quilombação, movimento social negro.

Observação:

• Evento virtual, sem a necessidade de inscrição.