Pular navegação

Dia da Abolição da Escravidão Indígena (01/04)

Local:

MCI | Youtube

Data:

01/04/2025, das 15h às 16h30

Entrada:

gratuita

Informações:

(11) 3873-1541

Classificação:

Livre

Atividade virtual e gratuita, sem necessidade de inscrição.

No YouTube do MCI, Xipu Puri traz reflexões sobre o Dia da Abolição da Escravidão Indígena (1º de abril), a necessidade real de liberdade e a promoção de estratégias para prevenção, combate e erradicação de violências sofridas pelos indígenas, a fim de lembrar que, ainda que o Brasil tenha dívida histórica com os povos indígenas, a luta por seus direitos são negligenciadas até hoje. O encontro terá a mediação de Leandro Karaí Mirim.

Na história brasileira, os negros não foram os únicos escravizados na época da colonização; os indígenas também sofreram com a exploração. Para a coroa portuguesa parecia intuitivo extrair as riquezas de Pindorama, com mão de obra escravizada indígena. O conflito foi legitimado como “Guerra Justa”, em que se escravizava os que entrassem em confronto com os colonos portugueses e a caçada para fins de cativeiro.

Embora escravizar indígenas tenha sido proibido antes de 1800 (o “fim” dessa possibilidade legal ocorreu em três momentos: em 1680, 1755 e em 1758), o Relatório Figueiredo (1967), investigação do Ministério do Interior, registrou crimes praticados em todo o Brasil contra a pessoa e o patrimônio indígena, como torturas, extermínios, prostituição, apropriação dos frutos do trabalho, alienação do patrimônio, cárcere privado e trabalho escravo em todas as regiões, provando que a situação foi generalizada em todo território nacional, até o fim da década de 1960.

Sobre o Dia da Abolição da Escravidão Indígena (1º de Abril)
Instituída a partir da publicação da primeira lei que proibia a escravidão de novos indígenas, mas vetava a liberdade dos que foram adquiridos antes de sua promulgação, em 1º de abril de 1680, a mando do rei de Portugal Afonso VI, que participou da luta entre colonos e jesuítas pelo controle da mão de obra nativa. Em 6 de junho de 1755, o primeiro-ministro português, Marquês de Pombal assinou a segunda lei de abolição da escravidão indígena destinada somente ao Estado Grão-Pará e Maranhão, que na época eram os Estados do Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará e Roraima, formalizada através da Lei do Diretório dos Índios, decretada por Dom José I; com sua extensão se dando para todo o Brasil em 1758, a partir de alvará, com o intuito de incorporar os indígenas à sociedade colonial.

Sobre Xipu Puri
É Mestre em Letras: Estudos da Linguagem e Bacharel em História, pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); atualmente, cursa, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a Especialização em Arte: Crítica e Curadoria e atua no Núcleo de Transformação e Saberes do Museu das Culturas Indígenas (NUTRAS/MCI). Como produtor e um dos diretores criativos da produtora MIRIPONAN, já assinou projetos como a concepção da exposição “KAAPORÔ. Produziu os álbuns de experimentação literária e musical “taheantah tri” e “Pindobeat” e contribuiu na produção musical dos espetáculos “Siaburu” e “”Ideias para adiar o fim do mundo”” (inspirado na obra de Ailton Krenak), de Yumo Apurinã e João Bernardo Caldeira. É um dos autores da dramaturgia “Siaburu”, que integra a “Caixa de Dramaturgias Indígenas” (N-1 Edições). Assina diversas obras (canções, monólogos, contos, poesias, artigos e ensaios) em periódicos, portais culturais, serviços de streaming e livros e é indígena da etnia Puri, compondo o rol de artistas e jovens intelectuais de seu Povo.

Sobre Leandro Karaí Mirim
Indígena do povo Guarani. Pós-graduando em Psicologia Experimental, pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP), e graduado em Letras, pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP). É secretário da União Plurinacional dos Estudantes Indígenas (UPEI) e membro fundador da Coligação dos Indígenas Estudantes da USP (COIE_USP). Atualmente, é Supervisor do Núcleo de Comunicação do Museu das Culturas Indígenas (MCI).

BUSCAR

Todos os direitos reservados © Museu das Culturas Indígenas 2023 | Desenvolvido por Inova House 

Integração